Laços de Família

Sobrinho de Jair Bolsonaro, Léo Índio está entre os alvos das buscas da PF

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leó Índio, participou ativamente dos atos golpistas de 8 de janeiro e postou fotos e vídeos da ação, que viralizaram

Montagem/Redes Sociais
Montagem/Redes Sociais
À esquerda, o sobrinho do ex-presidente no cenário de destruição, com os olhos vermelhos devido às bombas de efeito moral que polícia teve de usar

São Paulo – Um sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, está entre os alvos de busca e apreensão da Polícia Federal nesta sexta-feira (27), segundo o portal UOL. Muito próximo ao primo Carlos Bolsonaro, que é vereador pelo Republicanos no Rio de Janeiro, Léo participou ativamente da invasão ao Congresso Nacional. E postou fotos e vídeos da ação nas redes sociais.

Em vídeo que viralizou durante os atos golpistas na tarde do dia 8, o sobrinho de Bolsonaro disse que “ia pegar o Xandão”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A demora na sua prisão é uma cobrança constante nas redes sociais desde que as prisões começaram a ser feitas.

A proximidade do primo com Carluxo, aliás, fez com que o filho 02 do presidente tentasse alguma colocação no Planalto, na Secretaria de Governo da Presidência da República. Mas o então ministro da pasta, general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz barrou.

O golpista e seu empregos fantasmas

Léo Índio trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o episódio dos R$ 30 mil flagrados na cueca no parlamentar. Até julho passado, ocupava o cargo de assessor da Liderança do Partido Liberal (PL) no Senado. A demissão do partido de seu tio e da maioria de seus primos ocorreu após denúncia de que ele não aparecia para trabalhar desde a primeira semana de março.

Embora sem comparecer ao local de trabalho, estava lotado na função desde dezembro de 2021. Atuava no setor de relações institucionais da Liderança com ministérios e demais órgãos de governo. E atendia demandas “tanto de forma presencial, como remota”, segundo informado na época da exoneração.

Sem ensino superior, o sobrinho do ex-presidente tem no currículo experiência profissional como vendedor e assessor do outro primo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no tempo em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Léo Índio e as rachadinhas da família Bolsonaro

Léo Índio também tem envolvimento no caso das rachadinhas. A expressão suave na verdade se refere a uma apropriação de dinheiro público por parte de determinados gabinetes. Trata-se da apropriação de salários de funcionários.. muitas vezes “fantasmas”. Índio morava em um apartamento no centro do Rio, cujas despesas eram pagas pelo gabinete do primo deputado estadual.

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Redação: Cida de Oliveira
Edição: Paulo Donizetti de Souza