Socorro

Ministros anunciam chegada de 220 purificadores ao Rio Grande do Sul

Purificadores doados pelo influenciador Felipe Neto fazem parte das 25 toneladas de doações que a FAB desembarcou hoje em Canoas (RS), em esforço coordenado pela primeira-dama Janja. Governo também anunciou a liberação imediata de recursos às prefeituras

Divulgação
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Janja provou da água tratada pelos purificadores que chegaram hoje ao Rio Grande do Sul

São Paulo – Os ministros Paulo Pimenta (Secom) e Waldez Góes (Integração) anunciaram nesta quarta-feira (8) novas ações de socorro às áreas do Rio Grande do Sul atingidas pelas enchentes. Pimenta destacou a chegada de 220 purificadores que, juntos, são capazes de garantir mais de 1 milhão de litros de água à população que sofre com desabastecimento. Os equipamentos, além de mantimentos, medicamentos e outras doações chegaram nesta tarde ao aeroporto de Canoas. E foram trazidos pela Força Aérea Brasileira (FAB).

O carregamento faz parte de um esforço de arrecadação que a primeira-dama, Janja Lula da Silva, coordenou. E contou com a participação de vários empresários e influenciadores, como Felipe Neto, que doou os purificadores.

“Esse avião também veio com uma carga muito grande de produtos de higiene, fraudas, fraudas geriátricas, absorventes, além de uma série de outros produtos ligados a higiene pessoal. E também produtos de primeira necessidade para a limpeza, principalmente”, disse Pimenta. Ele destacou que uma das “marcas” dessa tragédia é a capacidade de mobilização do voluntariado brasileiro.

Nesse sentido, o ministro destacou que as doações e especialmente os purificadores serão essenciais para abastecer as pessoas que perderam suas casas. Segundo ele, são cerca de 70 mil pessoas vivendo atualmente em abrigos nas regiões afetadas. Ao mesmo tempo, destacou que os esforços também estão concentrados para resgatar cerca de 100 pessoas que ainda estão desaparecidas.

Outra prioridade é o restabelecimento das rodovias federais. São cerca de 600 pessoas que estão trabalhando para recuperar a “trafegabilidade” nas principais vias de comunicação no estado gaúcho.

Mais recursos

Já o ministro Waldez Góes informou que o governo editou uma portaria que facilita o repasse de recursos emergenciais para cidade afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Os prefeitos podem pedir a liberação imediata de verbas, enquanto ainda trabalham na elaboração do plano de reconstrução.

Os montantes a serem repassados variarão conforme o tamanho da cidade. Municípios de até 50 mil habitantes podem requerer repasse imediato de até R$ 200 mil. Esse valor sobe para 300 mil para os municípios até 100 mil habitantes, chegando a 300 mil para aqueles com mais de 100 mil habitantes.

Nesse sentido, Góes destacou que a “palavra de ordem” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é garantir todos os esforços para “salvar” e “cuidar” das pessoas. “São 70 mil pessoas abrigadas, é um desafio gigante, mesmo que esteja concentrado em 8 ou 9 cidades – a maior parte aqui mesmo da região metropolitana. Então cuidar dessas pessoas, alimentação, água, segurança, higiene pessoal, são muitos desafios”.

Por outro lado, o ministro ressaltou que a “retaguarda orçamentária e financeira” para combater os efeitos da tragédia já está criada, a partir do projeto de decreto legislativo (PDL) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou e o Congresso Nacional aprovou. “A partir daí, todos nós ficamos muito ansiosos, e é importante termos os números, informações, orçamento, quanto de dinheiro está entrando. Mas, vale frisar, são centenas de ações do governo federal. São centenas”, apontou Góes.

Assim, na sexta-feira cada ministério deve apresentar uma primeira estimativa dos valores a serem empenhados na reconstrução do estado. Uma medida provisória (MP) deve regular a aplicação desses recursos, que devem atingir a marca de alguns bilhões de reais.

Comida

Simultaneamente, também começaram a chegar ao Rio Grande do Sul 52 mil cestas de alimentos enviadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As cestas estão na unidade armazenadora da Conab em Canoas (RS), que já começou a distribuí-las às regiões afetadas. O valor empenhado para a aquisição dos alimentos é de R$ 8,39 milhões.


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