Ataques de Israel deixam 100 mil vítimas em Gaza, entre mortos, feridos e desaparecidos
Segundo dados divulgados nesta sexta 92) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 27 mil palestinos morreram e mais de 66 mil foram feridos desde 7 de outubro, no início de uma reação de Israel a um ataque do Hamas que matou 1.200 israelenses
Publicado 02/02/2024 - 13h42
São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (2) que os ataques de Israel à Faixa de Gaza fez mais de 100 mil vítimas, entre mortos, feridos e desaparecidos. A informação é do colunista Jamil Chade, do portal UOL. Ao menos 27 mil palestinos morreram. e há 66,1 mil feridos desde 7 de outubro, quando os israelenses iniciaram bombardeios em resposta a ataque surpresa do Hamas, que matou 1.200 pessoas.
A crise humanitária se agrava em Gaza, apesar de a Corte Internacional de Justiça da ONU ter pedido a Israel medidas para evitar um genocídio na região. “Eu não vejo qualquer melhora na situação humanitária”, disse Jens Laerke, porta-voz da ONU para temas humanitários.
“O risco da fome é elevado e aumenta a cada dia”, afirmou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Pedimos um cessar-fogo”, apelou. Segundo ele, o governo de Israel vem realizando uma intensa operação contra as agências internacionais, acusando inclusive a OMS de “conluio com o Hamas”, o que ele contesta.
O representante da OMS na região, Richard Peeperkorn, lembrou que há o veto de Israel a missões da agência para o norte de Gaza. Das 15 iniciativas solicitadas pela agência, oito foram negadas e quatro não conseguiram ser realizadas diante da destruição de estradas.
Israel faz de Gaza uma “panela de pressão de desespero”
A agência estima que 8.000 palestinos precisam ser levados para hospitais fora de Gaza para atendimentos urgentes. Desses, menos de 300 foram socorridos.
De acordo com a agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 17 mil crianças estão hoje sozinhas em Gaza. E o choque de algumas delas é tão profundo que levam dias até conseguir dizer seus próprios nomes. “Nunca vi tantas pessoas amputadas, inclusive entre crianças”, disse Peeperkorn, da OMS.
Para o Escritório Humanitário da ONU, Gaza é hoje “uma panela de pressão de desespero e tememos o que vai ocorrer”.
Situação em Gaza, segundo levantamento da OMS:
- Apenas 13 dos 36 hospitais estão funcionando. Mesmo assim, parcialmente
- Há registro de 245.858 casos de infecções respiratórias
- São 161.285 casos de diarreia, aumento de 23 vezes em relação a 2022
- 69.962 casos de sarna e piolhos
- 44.550 casos de erupções cutâneas
- 6.625 casos de catapora
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Redação: Cida de Oliveira