Celso Amorim confirma que Brasil ofereceu asilo à iraniana

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, diz que o governo dará atenção aos casos de condenação. (Foto: Renato Araújo/ Agência Brasil) São Paulo – O ministro das Relações Exteriores, […]

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, diz que o governo dará atenção aos casos de condenação. (Foto: Renato Araújo/ Agência Brasil)

São Paulo – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou nesta sexta-feira (13) que o governo brasileiro ofereceu asilo à iraniana Sakineh Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério. A oferta havia sido negada pelo embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh.

Segundo Amorim, não é necessário assinar um papel para que o pedido seja formalizado, porque algo que o embaixador brasileiro diz em outro país já é uma posição oficial do governo. “O Presidente fez um apelo baseado em razões humanitárias, na sensibilidade brasileira e isso foi transmitido por nosso embaixador em Teerã”, afirmou o ministro.

Imagens da iraniana Sakineh Ashtiani, de 43 anos, confessando o adultério e o assassinato do marido chegaram a ser exibidas. Entidades de defesa dos direitos humanos acreditam que ela tenha sido submetida a sessões de tortura.

A situação da iraniana virou motivo de mobilização internacional, envolvendo a garantia dos direitos humanos, especialmente das mulheres. As críticas destinadas ao governo iraniano resultaram em uma carta aberta assinada por personalidades, como Yoko Ono e a atriz Catherine Zeta Jones, que tentam evitar que a condenação de Ashtani seja consumada.

Emirados Árabes

Amorim falou ainda nesta sexta sobre a condução de um caso nos Emirados Árabes Unidos, onde uma brasileira de 14 anos foi condenada a seis meses de prisão acusada de manter relações sexuais com um homem de 28 anos. A situação é acompanhada com cuidado especial, por se tratar de uma menor de idade, com direito a cuidados e assistência especial assegurados na legislação brasileira e em convenções internacionais.

“Estamos em contato estreito com a família, com os advogados e também em contato, que julgamos adequado, com as autoridades dos Emirados. As coisas que têm de ser feitas estão sendo feitas, mas da maneira adequada”, declarou Amorim.

A adolescente será deportada após cumprir a pena de seis meses. “Mais uma vez, um caso em que é preciso levar as coisas com cautela, com discrição. Nós estamos fazendo tudo que é possível fazer”, finalizou.

(Com informações da Agência Brasil)