Crianças brasileiras são recordistas de acesso à internet

Crianças brasileiras ficam, em média, 18,3 horas por semana na internet (Foto: Elias Minasi/Sxc.hu) São Paulo – Relatório da empresa de segurança de softwares Symantec aponta que as crianças estão […]

Crianças brasileiras ficam, em média, 18,3 horas por semana na internet (Foto: Elias Minasi/Sxc.hu)

São Paulo – Relatório da empresa de segurança de softwares Symantec aponta que as crianças estão passando mais tempo online. Em média, os pequenos têm passado mais de 1,6 hora por dia e uma média de 11,4 horas por semana na rede de computadores, um aumento de 10% em relação aos dados de 2009.

Dos 14 países pesquisados pela empresa, as crianças brasileiras são recordistas de conexão na internet. Passam em média 18,3 horas por semana e cerca de 80% das crianças brasileiras já admitem que passam tempo demais na internet. No Japão, o número é de 5,6 horas e 20% considera que exagera na permanência em frente ao computador.

O estudo também detectou que 62% das crianças do mundo já tiveram uma experiência online negativa, mas os pais subestimam este dado. “Somente 45% dos pais consideram que seus filhos tiveram alguma experiência negativa online“, analisam os especialistas da Symantec.

>> Pesquisa

  • 7000 adultos e 2800 crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos participaram da pesquisa em 14 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Suécia.

Apesar de estarem mais inteirados sobre a vida virtual dos filhos do que no passado, ainda falta conscientização dos pais sobre as experiências dos filhos na internet, em especial em relação ao cyberbullying. “Os pais realmente se preocupam com predadores, mas parecem negligenciar ameaças mais comuns, como o cyberbullying. E mais da metade de todas as famílias estão se colocando em situação de risco uma vez que os filhos estão realizando download sem qualquer controle”, pondera Marian Merritt, consultora de segurança de internet.

De acordo com a especialista, os pais precisam participar mais ativamente da vida online dos filhos e conhecer melhor a rede de computadores. “Há claramente um papel importante a ser desempenhado pelos pais ao aumentar seu entendimento da Internet, a função que ela desempenha na vida dos seus filhos, e as experiências que eles estão tendo online. Os filhos precisam tanto da ‘orientação dos pais’ online quanto necessitam em suas vidas off-line, e vão receber bem um maior envolvimento dos pais”, cita o estudo.

A sugestão de Marian é que os pais envolvam os filhos na definição das regras familiares. “Explicar por que não querem que seus filhos acessem determinados materiais é mais positivo que simplesmente bloquear sites. Da mesma forma, diga que você se sentiria melhor em monitorar sua atividade do que se intrometer sem discussão”, orienta.

A boa notícia é que as crianças querem, de fato, um envolvimento maior de seus pais em suas vidas virtuais. A maioria afirma que gostariam de conversar com seus pais, pedindo ajuda e conselhos quando as coisas dão errado.

Vida online

Jogos, navegação, tarefas escolas e conversas com os amigos são as principais atividades das crianças na internet. Em média, as crianças têm 56 amigos online. A maioria (82%) conhece mais da metade dos seus amigos online no mundo real. As crianças na China e no Brasil são as menos propensas a terem contato pessoal com os amigos virtuais.