São Paulo – O Twitter anunciou que, a partir de hoje (1º), vai retirar os selos dos “verificados”. Trata-se de um reconhecimento que a plataforma concedia às contas de pessoas e empresas notáveis. Até então, recebiam o selo páginas com relevância na rede social e, para isso, era necessário comprovar a veracidade do titular. Agora, para ter o “título”, basta o usuário pagar R$ 42 por mês. Muitos não aceitaram a decisão e afirmam que não pagarão. Entre eles, a conta oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Usuários verificados gozavam de alguns benefícios, como maior alcance nas publicações e menor número de anúncios no feed. Agora, estes privilégios serão apenas dos pagadores. A medida polêmica da rede social veio logo após sua compra pelo bilionário Elon Musk. O empresário da Tesla e da SpaceX adquiriu a rede social em meio a polêmicas. Defensor de uma dita “liberdade de expressão”, Musk nunca escondeu apreço pela extrema direita – grupo político que vem sofrendo com o combate à desinformação e às mentiras, instrumentos estratégicos deles.

Na época, Musk disse que o sistema de monetização era “uma mer**”. Além desta decisão, o empresário cortou parte significativa dos funcionários da empresa e liberou perfis suspensos por discurso de ódio e divulgação de fake news.

Agora, empresas e ONGs também serão cobradas se quiserem desfrutar de um maior alcance. O custo para conglomerados empresariais, inclusive, pode chegar a US$ 1.000 por mês. Em contrapartida, a rede social manterá um selo diferenciado para instituições de Estado, como é o caso do presidente Lula. “O Twitter disponibiliza um selo cinza de verificação, não pago, para representantes e órgãos do Governo. Será o selo utilizado pelos perfis do presidente e ministérios”, disse em nota a Secretaria de Comunicação Social do Planalto.