Ministério da Justiça

Lewandowski define Manoel Carlos de Almeida Neto como seu secretário-executivo

O escolhido para substituir Ricardo Cappelli possui pós-doutorado em Direito Constitucional pela USP e foi assessor de gabinete de Lewandowski no STF

Reprodução/Youtube TV Alepi
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Baiano, Manoel Carlos de Almeida Neto trabalhou como secretário-geral da presidência no STF

São Paulo – O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública Ricardo Lewandowski, cuja posse é prevista para 1º de fevereiro, definiu o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto para ser seu secretário-executivo. Já se sabia que o escolhido não seria o atual ocupante do cargo, Ricardo Cappelli, que teve papel destacado nos momentos mais críticos do período desencadeado no 8 de janeiro, com a tentativa de golpe bolsonarista.

Pelo seu trabalho desde o 8 de janeiro, Cappeli chegou a ser cotado até mesmo para ocupar o posto de Flávio Dino. Com a nomeação de Lewandowski, porém, a chance de Cappelli ser seu número dois era mínima.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que Lewandowski teria carta branca para nomear seus auxiliares. Assim como Cappelli é um homem de confiança de Dino, era natural que o novo ministro escolhesse um nome que lhe seja próximo para ser seu número dois.

Manoel Carlos era preferido de Lewandowski para o STF

O futuro braço direito de Lewandowski na Justiça era, inclusive, o indicado do magistrado a Lula para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pela ministra aposentada Rosa Weber. Lula preferiu Dino.

O escolhido para substituir Cappelli tem 44 anos, possui pós-doutorado em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP) e foi assessor de gabinete do próprio Lewandowski no STF. Foi nesse cargo que se construiu a relação de confiança com o então ministro do Supremo.

Manoel Carlos é baiano e também trabalhou como secretário-geral da presidência no STF e no Tribunal Superior Eleitoral. É diretor-jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional desde 2016. A empresa já foi informada do convite ao jurista, segundo a revista CartaCapital.

Lewandowski também definiu na semana passada que Ana Maria Alvarenga Mamede Neves será sua chefe de gabinete. Ela trabalha no escritório de advocacia de Lewandowski em Brasília e o acompanha desde 2010, quando assumiu a chefia de gabinete do ministro no STF.

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