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Cappelli se despede da Justiça, elogia PF e cutuca Bolsonaros: ‘Cometem crime e apontam o dedo’

Secretário-executivo deixa o ministério. Na quinta, Lewandowski assume a pasta, enquanto Flávio Dino fica algumas semanas no Senado antes de tomar posse no STF

Reprodução/X
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'Fiz o melhor que pude pela democracia', afirmou o ainda secretário-executivo

São Paulo – O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Cappelli, confirmou sua saída, sem dar pista dos próximos passos. Ele ainda era especulado para permanecer no MJSP, até no cargo principal, mas na semana passada o ainda titular, Flávio Dino, havia adiantado que Cappelli não permaneceria. Na próxima quinta-feira (1º), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski assume a pasta.

“Deixo nesta semana o Ministério da Justiça e Segurança Pública com o sentimento de dever cumprido. Fiz o melhor que pude pela democracia e pelo Brasil”, escreveu Cappelli no X, antigo Twitter. Ele agradeceu a Dino e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela “oportunidade e confiança”, além de desejar sucesso a Lewandowski.

Sem citar nomes, o ainda secretário-executivo comentou sobre a operação desta segunda-feira (29) que envolveu a família Bolsonaro. E elogiou o “trabalho técnico e profissional” da Polícia Federal. “Cometem crimes e apontam o dedo. Espionaram e monitoraram ilegalmente milhares de brasileiros e brasileiras, e agora se dizem perseguidos. Quem os persegue são os princípios consagrados na Constituição”, afirmou Cappelli.

Ministério e STF

Assim, enquanto Lewandowski, que se aposentou no STF, vai para o Ministério da Justiça, Flávio Dino faz o caminho oposto. Indicado por Lula e aprovado na sabatina do Senado, ele assumirá cargo de ministro da Corte. A posse deverá ocorrer em 22 de fevereiro. Antes, Dino passará algumas semanas no Senado, para o qual foi eleito em 2022.

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“Apresentarei alguns projetos de lei, especialmente na área de Processo Penal e Segurança Pública. Um deles visa tornar mais claros os requisitos para prisão preventiva e para liberdade provisória em audiência de custódia, reduzindo a insegurança jurídica e decisões contraditórias”, afirmou o ministro, também no X.