Terrorismo

AGU pede condenação definitiva de mais 40 pelo 8 de janeiro e ressarcimento de R$ 20,7 milhões

Os bolsonaristas encontram-se em prisão pelo atos terroristas contra os três poderes

Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Em razão do patrimônio danificado, a Justiça já bloqueou os bens dos réus de forma cautelar

São Paulo – A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quarta-feira (1º) a condenação definitiva de 40 bolsonaristas por atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro. Eles foram presos em flagrante por invasão e depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Além de penas de prisão, a AGU pede o ressarcimento de R$ 20,7 milhões. Em razão do patrimônio danificado, a Justiça já bloqueou os bens dos réus de forma cautelar.

A AGU não divulgou a íntegra do pedido, já que o processo corre em sigilo. Trata-se de uma do total de quatro ações do órgão na esfera cível. Em uma delas, em 13 de fevereiro, o órgão pediu outras 57 condenações de acusados de terrorismo. Ao todo, os alvos são 178 pessoas, três empresas e uma associação e um sindicato patronais. “Mais que os danos materiais ao patrimônio público federal objeto desta ação, (os atos) resultaram danos à própria ordem democrática e à imagem brasileira”, afirma a AGU.

Atualmente, os réus estão presos preventivamente. De acordo com a AGU, eles participaram “da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais, tanto que em meio a esses atos foram presos em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo nas dependências dos prédios dos Três Poderes da República”.

Então, agora caberá à Justiça Federal do Distrito Federal julgar os casos individualmente, conforme manda o ordenamento jurídico brasileiro.

Invasão dos bolsonaristas

Extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) romperam barreiras de proteção e invadiram as sedes dos três poderes em janeiro. Foram danos em quadros, bens públicos históricos, além de mobiliário. Uma das Casa mais afetadas foi o Supremo Tribunal Federal (STF), que precisou de reconstrução completa. Não à toa, Bolsonaro passou todo o processo eleitoral atacando a Corte e seus ministros. Em primeiro lugar, o político também estimulou a rejeição ao processo eleitoral ao divulgar uma série de mentiras sobre fraudes.