Vitimismo?

Flávio Bolsonaro diz que é alvo de ‘campanha difamatória’

Senador eleito afirma que funcionária citada no relatório do Coaf foi contratada pelo ex-assessor Queiroz

Reprodução Globo News

“Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço”, diz Flávio Bolsonaro

São Paulo – Depois de novas informações sobre o ex-assessor Fabrício Queiroz e seu gabinete como deputado estadual, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) divulgou nota para afirmar que continua a ser “vítima de uma campanha difamatória” que teria o objetivo de atingir o governo do presidente Jair Bolsonaro, seu pai. “A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão”, afirma.

De acordo com o Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf), Raimundo Veras Magalhães seria remetente de depósitos para Fabrício Queiroz. Ela é mãe do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, denunciado como integrante de milícia e que teve a prisão decretada – ainda está foragido.

“Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar”, diz o senador eleito, que em 2003, como deputado, homenageou o capitão Adriano, entre outros. 

“Quanto a homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos”, disse Bolsonaro filho. “Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei”, afirmou ainda.

A promotora Simone Sibilio, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco, do Ministério Público fluminense), não descarta relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mas lembrou que a operação desencadeada hoje não visava a prender pessoas ligadas a esse crime. No ano passado, Adriano, entre outros, foi ouvido como testemunha no inquérito.

 

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