Oficiais do exército líbio se unem a manifestantes em cidade do leste

Militares são recepcionados por manifestantes anti-Khadafi (Foto: Suhaib Salem/Reuters) São Paulo – Grupos oposicionistas ao governo de Muammar Khadafi na cidade de Adjabiya ganharam o apoio de oficiais do Exército […]

Militares são recepcionados por manifestantes anti-Khadafi (Foto: Suhaib Salem/Reuters)

São Paulo – Grupos oposicionistas ao governo de Muammar Khadafi na cidade de Adjabiya ganharam o apoio de oficiais do Exército Líbio. A informação é da TV AL Jazeera. A notícia é mais um revés para o ditador.

“Nós, da força policial, anunciamos que nos juntamos completamente ao povo na pacífica revolução de 17 de fevereiro”, disse o capitão Hafiz Abdul-Rahim, numa transmissão ao vivo da Al Jazeera. “Nós anunciamos que vamos sacrificar nossas vidas por esta região e colocar toda a nossa capacidade a seu serviço por uma Líbia livre”, acrescentou.

Primo

Ahmed Gadhaf al Dam, primo do líder líbio e porta-voz do governo na pasta dos Negócios Estrangeiros renunciou ao cargo na quinta-feira (24). Segundo a rede de televisão Al Arabiya, al Dam alega que sua demissão é uma forma de protesto pela dura repressão contra os manifestantes que pedem o fim do regime de Khadafi, no poder desde 1969. 

Ele era apontado como um dos elementos mais próximos do líder e uma importante peça política no governo líbio, há 42 anos no poder. A Al Arabiya informou que al Dam pedirá asilo político no Egito. Para o primo de Khadafi, o governo líbio está “violando os direitos humanos e as leis internacionais” com a dura repressão contra os manifestantes. 

Desde quarta-feira (22), o regime de Khadafi apresenta uma série de fraquezas. Segundo informações provenientes das mais variadas fontes confirmam que amplas regiões do país, em especial ao leste, começam a se libertar do domínio do regime de Trípoli.

Na cidade de Benghazi, segundo o jornal Quryna, as autoridades locais desistiram de exercer suas funções devido à pressão das ruas. Os habitantes, por sua vez, decidiram assumir os assuntos da cidade. Comitês populares foram constituídos para solucionar algumas questões, tais como a recuperação das armas utilizadas por alguns manifestantes em ataques aos quartéis e delegacias de polícia.

Antes de Gadhaf al Dam, inúmeros diplomatas e embaixadores líbios, além de vários oficiais e tropas do exército, deixaram os respectivos cargos, sendo que muitos deles aderiram aos protestos. A maior fragilidade do governo, porém, ficou evidente com a renúncia do ministro do Interior e antigo companheiro de armas de Khadafi, o general Abdul Fatah Younis. Ele foi o terceiro membro do gabinete a abandonar o cargo, como reação à repressão contra os manifestantes.

Com informações da Reuters

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