Khadafi responsabiliza Al-Qaeda por protestos na Líbia

Ele reiterou acusação de que manifestantes estariam sob efeitos de drogas (Foto: Reuters TV/Reprodução) São Paulo – No terceiro pronunciamento feito desde o início das manifestações na Líbia, o coronel […]

Ele reiterou acusação de que manifestantes estariam sob efeitos de drogas (Foto: Reuters TV/Reprodução)

São Paulo – No terceiro pronunciamento feito desde o início das manifestações na Líbia, o coronel Muammar Khadafi responsabilizou nesta quinta-feira (24) a rede terrorista Al Qaeda de estar influenciado os opositores e pediu a população que os combata.

“A Al-Qaeda veio se estabelecer aqui. Se Osama bin Laden vier te dar ordens, não o deixe, para que o país não se desestabilize”, afirmou Khadafi durante uma mensagem gravada, transmitida pela televisão estatal.

Com a fala agitada, Khadafi descreveu a atual revolta popular do país como uma “farsa”, acrescentando que os manifestantes estão sendo conduzidos pelas “drogas”. Antes de encerrar, Khadafi mandou um recado aos líbios: “Você é responsável pelo que está acontecendo ao seu país, seja  paz ou guerra. A escolha é sua”.

Nesta quarta-feira, Khadafi disse em pronunciamento na televisão que não abandonaria o poder e que as manifestações do país são geradas por “pequenos grupos” influenciados pelos Estados Unidos e pela Tunísia.

“Muammar Kadafi é o líder da Revolução, sinônimo de sacrifícios até o fim dos dias. Esse é o meu país, de meus pais e meus antepassados”, afirmou no dia, mencionando o momento em que chegou ao poder, em 1969, quando tinha 27 anos e era membro das tropas que tomaram o governo do país. “Eu vou lutar até a última gota de sangue, com o povo da Líbia por trás de mim”, afirmou. 

Oposição

Forças favoráveis e contrárias ao governo de Kadafi dão sinais de se preparar para uma batalha na capital, depois que a oposição passou a controlar algumas das principais cidades na costa do país.

Relatos indicam que a capital está sendo patrulhada por grupos fortemente armados a favor do governo, incluindo milícias que se deslocam pela cidade em veículos. Testemunhas disseram ter visto a movimentação de tanques nos subúrbios da cidade, assim como a invasão de residências por forças de segurança do governo a fim de prender opositores.

Em Benghazi, sob firme controle da oposição, havia filas para distribuir armas roubadas da polícia e do Exército. Moradores da cidade e militares desertores criaram vários comitês de defesa, inclusive um que protege bases de mísseis nos arredores de Tobruk, no Leste da Líbia.

Além do Brasil, países como França, Rússia, Holanda e Índia também já conseguiram resgatar parte de seus cidadãos da Líbia. O Reino Unido enviou um avião para resgatar britânicos e posicionou um navio de guerra próximo à costa do país. O governo chinês, por sua vez, enviou aviões e navios para retirar cerca de 40 mil de seus cidadãos da Líbia.

Fonte: OperaMundi