Genocídio

Mais uma vez, EUA nega a paz em Gaza e defende o massacre

Assembleia Geral da ONU aprova por 153 a 10 um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Contudo, massacre israelense deve continuar

Norwegian Mission/UN
Norwegian Mission/UN
Mais uma vez, os EUA manifestaram posição contra a paz na região de Gaza

São Paulo – A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje (12) um pedido de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Mais uma vez, os EUA manifestaram posição contra a paz na região. Desde o dia 7 de outubro, Israel promove a maior investida militar na região desde sua fundação, em 1948. Contudo, trata-se de uma continuidade de uma política de expulsão dos palestinos da região pleiteada pelos sionistas. Os palestinos chamam este movimento de extermínio como Nakba.

A votação de hoje acontece após um apelo por urgência do secretário-geral da ONU, António Guterres. Ao chamar a operação israelense de genocídio, Guterres pediu por um cessar-fogo imediato. A matéria, então, foi ao Conselho de Segurança da ONU. O órgão colegiado é responsável por aprovar ou vetar resoluções. Contudo, poucos países possuem esse poder. Entre eles, estão os Estados Unidos.

Então, novamente, os Estados Unidos vetaram um acordo de paz. Braço armado de Israel, o governo norte-americano defende o direito do Estado sionista de massacrar palestinos em Gaza. As mortes já superam 17 mil, sendo ampla maioria de civis, inclusive, maior parte dos mortos, são crianças e mulheres.

Postura dos EUA sobre Gaza

Hoje, novamente, os Estados Unidos foram contra a paz. Dos 193 integrantes do grupo, 153 votaram a favor do texto (incluindo o Brasil), 10 votaram contra (incluindo os EUA e Israel) e 23 países se abstiveram. Não há direito de veto na Assembleia Geral. Contudo, a resolução tem pouco efeito sem a concordância do Conselho de Segurança.

O enviado palestino na ONU, Riyad Mansour, criticou a postura norte-americana, quase única, em defesa do massacre. “É nosso dever coletivo seguir neste caminho até vermos o fim desta agressão contra o nosso povo, vermos esta guerra contra o nosso povo parar. É nosso dever salvar vidas”, disse. Contudo, por outro lado, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que “qualquer cessar-fogo neste momento seria temporário, na melhor das hipóteses, e perigoso, na pior das hipóteses – perigoso para os israelenses”.