Itamaraty anuncia para maio visita de Dilma ao Uruguai

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff vai visitar o Uruguai no dia 16 de maio, anunciou nesta segunda-feira (14) o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. A visita ao […]

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff vai visitar o Uruguai no dia 16 de maio, anunciou nesta segunda-feira (14) o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. A visita ao país vizinho deveria ter ocorrido na sequência da agenda realizada no fim de janeiro na Argentina, mas acabou desmarcada à ocasião por conta de compromissos internos de Dilma. O chanceler confirmou a agenda durante o “Seminário Brasil-Uruguai”, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com a presença do presidente uruguaio, José “Pepe” Mujica. 

“Temos um otimismo muito grande, um sentimento de que podemos construir um relacionamento mais benéfico para as duas democracias”, ressaltou Patriota. Entre os temas que interessam ao governo brasileiro, ele citou infraestrutura, energia e temas industriais. “O Uruguai não aspira à indústria automotiva, por exemplo, mas pode ser um importante fornecedor de partes e peças”, exemplifica.

O presidente do Uruguai acenou positivamente quanto à possibilidade de que seu país adote o acordo já vigente entre Brasil e Argentina para a realização do comércio em moedas locais, dispensando o uso do dólar. Mujica demonstra que uma definição neste sentido não será breve e pondera que é preciso adotar paulatinamente os instrumentos necessários para aprofundar as relações dentro do Mercosul. “São coisas difíceis, mas absolutamente necessárias do ponto de vista estratégico se se quer criar uma integração séria.”

A corrente de comércio entre as duas nações está em US$ 3 bilhões ao ano, com relativo equilíbrio na balança comercial. De acordo com a Fiesp, o principal parceiro uruguaio é o Brasil, respondendo por 19% das importações daquele país. Automóveis (20,1%), máquinas e materiais elétricos (11,1%) e máquinas e instrumentos mecânicos (8,4%) são os principais itens comercializados com os vizinhos.

Agenda internacional

Após a viagem a Buenos Aires, Dilma não deixou mais o país. Em fevereiro, a presidenta deveria ter viajado ao Peru para a cúpula entre os países árabes e os da América do Sul, que foi cancelada por conta da agitação política nas nações do Oriente Médio e do norte da África. Com isso, ficou frustrada momentaneamente a intenção de aproveitar os primeiros compromissos externos do novo governo para reafirmar a aliança estratégica com as nações do Hemisfério Sul. Dilma preferiu deixar para o segundo semestre as visitas aos Estados Unidos e a nações europeias.