Contra o genocídio

Governo do Chile exclui empresas israelenses de feira aeroespacial e de defesa

Maior evento do setor na América Latina será realizado entre 9 e 14 de abril. Embaixador de Israel no Chile diz que não ficou surpreso com a exclusão de seu país

Divulgação / Fidae
Divulgação / Fidae
Feira aeroespacial realizada no Chile é a mais importante do setor na América Latina

São Paulo – O governo do Chile anunciou ontem (5) a decisão de excluir empresas israelenses da principal feira aeroespacial e de defesa da América Latina, programada para ocorrer em Santiago em abril.

De acordo com comunicado do Ministério da Defesa, a edição de 2024 da Feira Internacional do Ar e do Espaço (Fidae), agendada entre 9 e 14 de abril, não contará com a participação de companhias israelenses.

“Por decisão do governo do Chile, a edição de 2024 da Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), que será realizada entre 9 e 14 de abril, não contará com a participação de empresas israelenses”, diz comunicado.

O embaixador de Israel no Chile, Gil Artzyeli, revelou à agência AFP que o governo não o contatou para notificá-lo e que tomou conhecimento da exclusão apenas por meio do comunicado ministerial.

“É difícil dizer que estamos surpresos levando em conta a doutrina do governo com Israel”, comentou Artzyeli.

Crianças e mulheres, as principais vítimas

Os recém-nascidos de 5.500 mulheres que entrarão em trabalho de parto no próximo mês correm risco de morrer por conta da inexistência de qualquer serviço pré ou pós-natal na Faixa de Gaza.

Segundo levantamento do jornalista Jamil Chade, do Uol, 90% das crianças de 6 a 23 meses e das mulheres grávidas e lactantes enfrentam grave pobreza alimentar na Faixa de Gaza. Os alimentos que estão disponíveis para elas todos os dias são de baixo valor nutricional e pertencem a apenas dois ou menos grupos de alimentos.

Confira outros dados:

  • 90% das crianças menores de cinco anos são afetadas por uma ou mais doenças infecciosas.
  • 70% das crianças tiveram diarreia nas duas semanas anteriores à avaliação feita pela Unicef. Esse aumento sem precedentes tem implicações diretas sobre o status nutricional das crianças menores de cinco anos, bem como de outras populações vulneráveis.
  • 81% das famílias não têm água limpa e segura. O acesso médio das famílias é de menos de um litro por pessoa por dia. Isso está longe do padrão mínimo de 15 litros por pessoa por dia e é especialmente preocupante para os bebês que são alimentados com fórmula infantil.

Acesse o levantamento completo do jornalista Jamil Chade

Com informações da agência Sputnik Brasil e Uol