GUERRA

EUA anunciam morte de líder global do Estado Islâmico

Anúncio foi feito pelo presidente Joe Biden. Ao todo, operação militar deixou 13 pessoas mortas, incluindo seis crianças e quatro mulheres

Twitter/ The White House
Twitter/ The White House
A ação foi realizada na noite de ontem (2), quando forças militares executaram uma operação captura em Idlib, região que está fora do controle do governo sírio

São Paulo – Em seus perfis oficiais nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Joe Bidenm anunciou hoje (3) que uma ação militar dos Estados Unidos na Síria resultou na morte do líder do grupo jihadista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi. Ao todo, porém, a operação matou outras 13 pessoas, incluindo seis crianças e quatro mulheres.

Segundo o anúncio do governo americano, o líder fundamentalista cometeu suicídio. A ação foi realizada na noite de ontem, em Idlib, região que está fora do controle do governo sírio. “Sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro. Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi -o líder do ISIS”, afirmou nota publicada por Biden.

Em outubro de 2019, outra operação das forças norte-americanas na Síria levou à morte de Abu Bakr Al Baghdadi, então líder do mesmo Estado Islâmico. De acordo com reportagem da DW Brasil, a morte de al-Qurayshi ocorre num momento em que o grupo tenta ressurgir, com uma série de atentados na região, incluindo um ataque por dez dias para tomar o controle de uma prisão, no fim de dezembro.

Estado Islâmico

Abu Ibrahim al-Hashimi al-Quraishi havia assumido a liderança do grupo fundamentalista islâmico em outubro de 2019, pouco após seu antecessor ser assassinado. Antes de comandar o grupo, al-Qurayshi atuou como informante para o governo dos Estados Unidos, quando estava detido em uma prisão no Iraque, segundo reportagem do jornal The Washington Post.

Ele era considerado um dos chefes mais influentes entre as fileiras do Estado Islâmico, na época em que assumiu o comando. De uma família turco-iraquiana e nascido na cidade de Tal Afar, no Iraque, al-Qurayshi era um dos poucos não árabes no alto escalão do grupo.

Por outro lado, a ação anunciada hoje se dá no momento mais fragilizado do presidente Joe Biden desde o início de seu mandato. O atual chefe da nação norte-americana completou um ano no cargo em janeiro, e sofre com elevada impopularidade e falta de força política para aprovar reformas no país.