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Fernández abre 20 pontos de vantagem contra Macri, aponta nova pesquisa

Para 36,3% dos entrevistados, Mauricio Macri é o pior presidente democrático do país; chapa Fernández e Kirchner está associada à esperança para 53% dos eleitores ouvidos

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Chapa de Fernández e Kirchner é associada à esperança por 41% dos entrevistados

São Paulo – A pesquisa realizada pelo Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag) aponta que a dupla Alberto Fernández e Cristina Kirchner está na frente do atual presidente Mauricio Macri nas eleições argentinas que ocorrem no próximo dia 27. O levantamento coloca uma diferença de 20 pontos entre os candidatos: 52% da chapa peronista contra 32% de Macri.

No último levantamento, a vantagem era de 16%. A pesquisa projeta os indecisos e exclui os votos em branco, tal como indica a lei eleitoral do país. Alfredo Serrano Mancilla, responsável pelo levantamento e doutor em Economia pela Universidad Autónoma de Barcelona, explica que Macri enfrenta hoje uma situação crítica em seu governo.

“O presidente Mauricio Macri piorou sua imagem negativa após as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO), atingindo o pior valor das quatro pesquisas realizadas pela Celag, este ano. Sua credibilidade é muito baixa e apenas seu núcleo duro de eleitores o considera muito ou um pouco credível (27,3%)”, disse ao jornal argentino Pagina12.

A credibilidade do presidente é tão baixa que já é classificado como “o pior presidente da história argentina” pela pesquisa. Cerca de 36% consideram Macri o pior, seguido de Fernando de La Rúa, com 20% – outro que também adotou práticas de políticas neoliberais.

Serrano acrescentou que o sucesso da chapa Fernández e Kirchner está agora associado à esperança. “E continua crescendo com uma imagem positiva, com sentimentos positivos. Em julho, 41% (dos entrevistados) associaram o nome do candidato Alberto Fernández à esperança, enquanto agora, em outubro, esse percentual subiu para 53%. Enquanto isso, Mauricio Macri está associado à rejeição e decepção em mais de 65% dos cidadãos”, explicou.