Para presidente do BC, economia crescerá mais em 2013

São Paulo – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje (21) que a economia brasileira crescerá mais em 2013 que este ano. Mas, a aceleração no crescimento […]

São Paulo – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje (21) que a economia brasileira crescerá mais em 2013 que este ano. Mas, a aceleração no crescimento deve começar já a partir do segundo semestre deste ano. No período, também deve haver redução da taxa de inadimplência. “A economia brasileira vai continuar seguindo uma trajetória de crescimento”, disse Tombini durante almoço com empresários, na capital paulista.

De acordo com Tombini a valorização do dólar nas últimas semanas é generalizada.  Ele citou que a desvalorização do real de 2,2% entre janeiro e abril deste ano, também ocorre com as demais moedas do mundo. “O que está ocorrendo hoje é um processo em função do quadro internacional, a valorização da moeda norte-americana contra a grande maioria das moedas”, analisou.

Apesar do agravamento da crise na zona do euro, que contribui para a valorização mais acelerada do dólar, Tombini garantiu que o Brasil está mais forte do que estava em 2008. Conforme o presidente do BC, o Brasil tem depósitos de compulsórios em nível adequado no momento, que é uma defesa para tratar de questões de liquidez.

Segundo ele, o BC está adotando medidas para evitar o excesso de ingresso de dólares no país e o impacto da alta do dólar será moderado sobre a inflação. Ele também descartou mudanças no regime de metas de inflação. “O que vimos ao longo dos anos no regime de metas de inflação é que esse repasse, no Brasil, foi diminuindo ao longo do tempo. Hoje, está na faixa de 3% a 4% no curto prazo e de 8% no médio prazo. Nossa avaliação, até o momento, é que o repasse é moderado”, disse. 

Tombini prevê que a inflação será menor em maio, do que a registrada em abril pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,1% e que o pico de setembro de 2011, quando a inflação chegou a cerca de 7,3%. “Nós não vemos nenhum ajuste importante em função do cenário internacional, que tem viés neutro a desinflacionário para o Brasil”, citou.

Com informações da Agência Brasil e Reuters