Cineasta Oliver Stone é barrado em Cumbica por falta de visto

O diretor americano só chegou a um compromisso numa faculdade de São Paulo com pelo menos seis horas de atraso e depois de intervenção do ministro Celso Amorim

O cineasta Oliver Stone durante encontro com a pré-candidata do PT à presidência, Dilma Roussef, na terça-feira (1 de junho), em Brasília (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)

São Paulo – O cineasta Oliver Stone cancelou a entrevista coletiva que concederia na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) após a exibição de seu documentário “Ao Sul da Fronteira”, que estava marcada para as 17h30 da segunda-feira (31).

Stone teve problemas com o voo, vindo do Equador. Além disso, ele e sua equipe foram barrados no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, por falta de visto para ingressar no país.

Foi só por volta das 23h, o diretor e sua equipe chegaram à FAAP e responderam algumas perguntas da plateia, onde ainda estavam, entre outros, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o cineasta Luiz Carlos Barreto. 

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, foi preciso que o produtor Luiz Carlos Barreto – proprietário dos direitos do filme de Stone – ligasse para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pedindo intervenção para liberar o ingresso do cineasta norte-americano. Por sua vez, Amorim acionou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que teria contatado a Polícia Federal. 

Nesta terça-feira (1º), o Stone se encontra com pré-candidata Dilma Rousseff, e à tarde segue para Cochabamba, na Bolívia, para lançar “Ao Sul da Fronteira” na Bolívia, podendo voltar ao Brasil na quarta (2).

“Ao Sul da Fronteira” aborda o avanço da esquerda na América Latina, trazendo o presidente venezuelano Hugo Chávez como personagem principal e entrevistas com outros líderes como Luiz Inácio Lula da Silva, Cristina Kirchner (Argentina), Raúl Castro (Cuba), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correia (Equador).