São Paulo – O ex-deputado estadual Antonio Mentor morreu na noite desta terça-feira (7), aos 74 anos. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiore, na capital paulista, em tratamento contra um câncer. O corpo está sendo velado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O sepultamento será às 17h desta quarta (8), no Cemitério Congonhas, na zona sul. Em nota de pesar, a bancada do PT manifestou “imensa tristeza e pesar”.

Nascido na cidade de São Paulo, Antonio Mentor se mudou na década de 1970 para Americana, no interior paulista, onde formou sua família. Na cidade, ele também fundou o Partido dos Trabalhadores e incentivado pelo irmão José Mentor, ex-deputado federal e vereador pela capital paulista, morto em julho de 2020 vítima da covid-19 –, disputou sua primeira eleição e foi vereador do PT em Americana em 1989.

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Antonio Mentor construiu grande parte de sua carreira política em Americana. Foi secretário municipal e reeleito por mais dois mandatos até chegar à Alesp em 1999. Como deputado estadual, ele cumpriu quatro mandatos até 2014. Na primeira reeleição para o cargo, obteve a maior votação da região metropolitana de Campinas. Nesse período em que esteve à frente do Legislativo, Antonio Mentor foi líder da bancada do PT, membro da Agência de Transporte do Estado (Artesp) e da Comissão de Transporte.

Biografia de luta

Em 2007, o petista presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Eletropaulo. Ao longo de seus quatro mandatos como deputado estadual, Antonio Mentor pôs fim ao voto secreto dos parlamentares na Casa, combateu o assédio moral no serviço público, garantiu o transporte gratuito para idosos e regulamentou os comerciais sobre medicamentos. “Seus mandatos sempre se pautaram pela participação popular e atuação partidária como instrumento de democracia”, destacou a bancada do PT na Alesp.

A morte do ex-parlamentar também foi lamentada pela Alesp, a CUT e o Sindicato dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro). “Neste momento de consternação, deixamos nosso abraço fraterno à sua companheira, aos filhos, netos e a todos familiares”, compartilhou as organizações dos trabalhadores.

Antonio Mentor deixa a esposa, Maria Cleonice Coelho, três filhos e três netos.