Investigações

Polícia Civil do Rio confirma que execução de médicos foi engano

Posicionamento após perícia foi de que médicos foram assassinados após engano em guerra do tráfico com milicianos no Rio. Uma das vítimas era irmão da deputada Sâmia Bomfim

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil
De acordo com o secretário, o caso encontra-se praticamente esclarecido após a localização dos corpos dos suspeitos supostamente envolvidos no ataque aos três médicos

São Paulo – O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Renato Torres, anunciou nesta sexta-feira (6) que a ação que culminou com a morte de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, foi, de fato, um engano. A informação é do portal g1. Entre as vítimas está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP).

De acordo com o secretário, o caso encontra-se praticamente esclarecido após a localização dos corpos dos suspeitos supostamente envolvidos no ataque aos três médicos.

O motivo do crime, segundo Torres, teria sido a insatisfação dos líderes do tráfico de drogas com a repercussão dos assassinatos. Ele afirmou: “A facção criminosa entrou em desespero com a repercussão do assassinato dos médicos por engano e determinou a eliminação dos envolvidos na ação equivocada”.

Além disso, o secretário destacou que as informações do núcleo de Inteligência já indicavam, nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (5), que os criminosos haviam errado o alvo. Então, eles confundiram uma das vítimas com um miliciano procurado por traficantes.

Perícia indica horário da morte dos suspeitos

Os suspeitos responsáveis pelo assassinato morreram, ao que indica a perícia, entre 10 e 12 horas após o crime. Essa hipótese tem base em um laudo de peritos da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Eles analisaram as condições dos quatro cadáveres encontrados no local. Dois deles apresentavam rigidez muscular generalizada, o que, de acordo com especialistas, é resultado de mudanças bioquímicas que ocorrem nesse intervalo de tempo.

Conforme documentos obtidos pelo jornal O Globo, os corpos de dois dos criminosos encontrados na Rua Abrahão Jabor, no Camarim, também na zona oeste do Rio, demonstraram sinais de rigidez muscular generalizada às 22h40 da quinta-feira (5). Além disso, policiais identificaram orifícios característicos de lesões causadas por armas de fogo e facadas nas regiões dorsal. Também na lombar, toráxica, epigástrica e flanco direito dos corpos.

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