Barra da Tijuca

Quiosque onde médicos foram assassinados já funciona normalmente

A organização do evento sobre cirurgia ortopédica cancelou a cerimônia de abertura em decorrência dos assassinatos dos três médicos brasileiros na madrugada desta quinta-feira

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil
De acordo com o secretário, o caso encontra-se praticamente esclarecido após a localização dos corpos dos suspeitos supostamente envolvidos no ataque aos três médicos

São Paulo – A organização do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo (Mifas), iniciado nesta quinta-feira (5), no Rio de Janeiro, cancelou a cerimônia de abertura em decorrência do assassinato dos três médicos brasileiros na madrugada de hoje na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o g1, o Quiosque Naná, onde aconteceu o crime, funcionava normalmente durante a tarde, menos de 12 horas após os assassinatos. Segundo especialistas, isso poderia comprometer as provas. Mas a polícia disse que concluiu os trabalhos de perícia.

No ataque, foram mortos os ortopedistas Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). O médico Daniel Sonnewend Proença foi internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, para onde foi levado após o ataque.

Também não será realizado o jantar de encerramento do evento, que vai até sábado (7). O congresso fez um minuto de silêncio em memória dos ortopedistas, o que foi repetido à tarde. “Não eram apenas quatro médicos, eram colegas de profissão e grandes amigos de muitos cirurgiões presentes neste congresso, renomados especialistas em pé e tornozelo, boas pessoas e excelentes cirurgiões”, afirmou a organização do congresso.

A principal linha de investigação da Polícia Civil, no momento, é a de que o crime pode ter sido cometido por engano. O médico baiano Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, considerado importante chefe de milícia que atua na região.

Decisão difícil

O conselho do Congresso Internacional disse que a decisão sobre realizar o seminário ou não “foi muito difícil”, mas acabou prevalecendo a manutenção, por se tratar de um  “congresso científico de cirurgiões para cirurgiões, baseado na troca de conhecimentos” cujo objetivo é melhorar o atendimento aos pacientes.

“E foi por isso que nossos queridos amigos decidiram participar do congresso. Não podemos e não devemos permitir-nos ser reféns de uma violência tão terrível. Em sua memória, o 6º Congresso da Mifas continua”, acrescentou a organização.

*Com informações da Agência Brasil

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