Ataque criminoso

Irmão da deputada Sâmia Bomfim é assassinado a tiros no Rio; ataque matou outros dois

Grupo de médicos estava em um quiosque na orla, na Barra da Tijuca, quando criminosos armados saíram de um carro e atiraram contra as vítimas. Um quarto ortopedista está ferido

Instagram/Revista Fórum/Reprodução
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando

São Paulo – O médico ortopedista Diego Ralf de Souza Bonfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), foi assassinado na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O ortopedista estava com outros três amigos, todos médicos de São Paulo, que participavam de um congresso internacional de ortopedia. No quiosque na orla, na avenida Lúcio Costa, o grupo foi surpreendido por criminosos armados, que saíram de um carro e fizeram disparos contra o grupo.

O ataque matou também Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. As três vítimas morreram no local. Daniel Sonnewend Proença, que também foi baleado, está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca.

A ação criminosa foi flagrada por uma câmera, que mostra a movimentação dos assassinos. Assim que o veículo branco encosta na pista ao lado da ciclovia, três homens descem, correm na direção das vítimas e efetuam pelo menos 20 disparos. De acordo com as imagens, o crime aconteceu às 00h59. Outros dois clientes que estavam sentados em mesa do estabelecimento correram no momento dos disparos. O ataque durou menos de 30 segundos.

A Polícia Civil do Rio aponta indícios de que o crime tenha sido uma execução, já que nada foi levado e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas também contaram que os assassinos nada falaram.

Autoridades cobram investigações

Nas redes sociais, parlamentares se solidarizaram com a deputada Sâmia Bomfim e cobraram investigação. O caso também foi comparado ao assassinato da vereadora Marielle Franco, no centro do Rio de Janeiro, em 2018. O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) chamou de “gravíssima” a execução. “É fundamental que a Polícia Federal apure e esclareça o ocorrido e se há conexão com a execução de Marielle Franco. Deixo minhas condolências a querida deputada Sâmia Bomfim e aos demais familiares e amigos e por essa perda terrível”, escreveu Suplicy.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, também cobrou a identificação e punição dos responsáveis pelo crime.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal (PF) que acompanhe as investigações sobre o assassinato. “Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares”, escreveu Dino na rede X, antigo Twitter.

Redação: Clara Assunção

Com informações do portal g1