Justiça mantém condenação de 50 anos de prisão da ex-deputada bolsonarista Flordelis
Além de negar o recurso, desembargadores anularam absolvição de outras três pessoas da família envolvidas no crime. A ex-parlamentar participou do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019
Publicado 05/04/2024 - 11h19
São Paulo – A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou recurso de apelação da ex-deputada federal bolsonarista Flordelis e manteve a condenação de 50 anos de prisão pela participação no assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime ocorreu em junho de 2019. A decisão foi por unanimidade.
O tribunal do Júri condenou a ex-deputada em novembro de 2022. Os desembargadores mantiveram a condenação por prática de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada
Além disso, mantiveram as condenações, pela participação no mesmo crime, de seus filhos biológicos Simone dos Santos Rodrigues e Adriano dos Santos Rodrigues, além de Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo.
Justiça também anulou absolvição de parentes de Flordelis
A 2ª Câmara Criminal também anulou a absolvição de outras três pessoas acusadas de participar do crime. São elas Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada Flordelis; Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, ambos filhos adotivos. O Tribunal do Júri de Niterói havia absolvido todos eles, que agora serão submetidos a novo julgamento pelo júri popular.
Condenada em 13 de novembro de 2022, pesou contra Flordelis a denúncia de ser mandante do assassinato a tiros em junho de 2019, na residência da família, em Niterói. O Ministério Público sustentou que Flordelis e seus familiares próximos estavam descontentes com a conduta do pastor Anderson do Carmo. Ele gerenciava a carreira da pastora e cantora gospel, além de administrava seu dinheiro. Por essa razão decidiram matá-lo. Primeiro, por envenenamento. E por fim a tiros. Flordelis sempre negou o crime.
Com Agência Brasil