São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) recuou da decisão de remover os moradores do conjunto habitacional Cingapura, na zona norte de São Paulo. A possibilidade de interdição do local preocupava a comunidade e era motivo de protestos. A medida havia sido tomada na última sexta (7), a pedido do Ministério Público, devido ao risco de explosão, que poderia ser provocada pela presença de gás metano no subsolo.

Durante reunião com técnicos da Cetesb (órgão ambiental paulista), lideranças do conjunto habitacional, representantes do Ministério Público e da Prefeitura, realizada na tarde desta terça-feira (11), todos concordaram com a permanência das famílias no Cingapura depois de avaliarem que a  Prefeitura tem adotado providências e que o risco é controlado. Nesta terça, a Prefeitura começou a instalar drenos para retirada de gás metano do subsolo do conjunto habitacional.

O Cingapura Zaki Narchi, com 2.787 moradores, fica próximo ao shopping Center Norte, que foi fechado por dois dias na semana passada pela Prefeitura pelo mesmo risco, e reaberto após instalação de novos drenos de gás.

Após a divulgação da remoção dos moradores na segunda-feira (10), a Prefeitura entrou com recurso no mesmo dia contra a interdição. A comunidade também realizou protestos contra a possível retirada de pessoas do local e protocolou pedido de anulação da liminar do TJ, na Defensoria Pública do Estado.

Ainda na segunda, a Cetesb informou, por nota, não haver risco iminente de explosão na creche Nair Salvado, localizada no Cingapura. O órgão afirmou que avaliações já feitas nos apartamentos e térreos do conjunto habitacional, sob responsabilidade da Secretaria da Habitação, não detectaram a presença de metano.