Doleiro não mostra documentos contra Bancoop, mas quer acareação com Vaccari

São Paulo – Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Câmara, nesta quarta-feira (28), o corretor Lúcio Funaro não apresentou documentos relacionados à Cooperativa Habitacional dos […]

São Paulo – Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Câmara, nesta quarta-feira (28), o corretor Lúcio Funaro não apresentou documentos relacionados à Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Porém, ele declarou que aceitaria uma acareação com o tesoureiro do PT e ex-presidente da entidade, João Vaccari Neto, a quem acusa de se beneficiar de um esquema de desvio de recursos voltados à construção de edifícios.

Funaro foi um dos entrevistados na série de reportagens de jornais e revistas com acusações de corrupção contra a direção da Bancoop. Porém, o Ministério Público Federal, em nota, nega que haja menção a Vaccari no inquérito em que o doleiro é investigado. Dono de uma corretora de valores, ele é investigado em decorrência do inquérito do Mensalão e, mais especificamente, na CPI dos Correios, instaurados em 2005 e 2006. Funaro responde por formação de quadrilha e 33 infrações relacionadas a lavagem de dinheiro.

Ele afirma ter se encontrado com Vaccari “algumas vezes” e não uma única vez, como o tesoureiro petista alegou. “Não conversei com o Vaccari sobre Bancoop nem sobre PT. Não tenho nada com o PT ou com qualquer partido político. O que eu posso falar é que os encontros que tive com ele foram sobre operações financeiras”, afirmou.

Ele repetiu que o responsável pela aproximação, negada por Vaccari, foi o então presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Funaro sustenta que o ex-presidente da Bancoop tem “relação umbilical” com o Grupo Schahin, a quem acusa de fraudes financeiras. Entre elas, estariam relações com a Petrobras.

Contra a Schahin, o doleiro apresentou cópias de documentos de supostas investigações do Ministério Público de São Paulo.

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