Em 20 minutos de sessão, CPI da Bancoop aprova convocações

Primeiras pessoas devem ser ouvidas na semana que vem; deputados acreditam que fase de depoimentos termine em junho

Membros da CPI negociaram por dez minutos antes da sessão (Foto: Maurício Morais)

São Paulo – Em uma sessão rápida, com 20 minutos de duração, a CPI da Bancoop na Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta terça-feira (27) cerca de 30 requerimentos, a maioria de convocações e pedido de documentos. Os primeiros a serem ouvidos, já na semana que vem, serão os cooperados.

Foram votados os requerimentos da base governista – apresentados pelos deputados Bruno Covas (PSDB), Ricardo Montoro (PSDB) e Waldir Agnello (PTB). Após os cooperados, seria ouvida a diretoria da Bancoop e, por fim, aqueles que são objetos de denúncia (ainda que nenhuma tenha sido formalizada até agora).

As convocações também incluem dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e da Bangraf, a gráfica da entidade.

O presidente da comissão, deputado Samuel Moreira (PSDB), acredita que a fase de depoimentos termine ainda neste semestre. “A ideia é tentarmos concluir essas oitivas até o final de junho”, afirmou. Já o relatório final, avalia, poderá ser votado apenas em julho ou agosto.

Entre os depoimentos aprovados está o de Ricardo Secco, pai da atriz Deborah Secco. O pedido de convocação da própria artista não foi votado porque o deputado Vicente Cândido (PT) pediu vistas ao requerimento.

A ordem dos depoimentos era o principal entrave para a aprovação. Antes da sessão, em uma reunião informal no canto do auditório, os parlamentares reuniram-se durante dez minutos. Em seguida, aprovaram praticamente todos os requerimentos. “Nós buscamos o diálogo”, diz o deputado Vanderlei Siraque (PT). “Procuramos o presidente da CPI no sentido de agilizar os trabalhos”, reitera.

Ele sustenta ser melhor para a Bancoop, para os cooperados e para a Assembleia Legislativa dar prosseguimento aos trabalhos da comissão porque o prazo é relativamente curto. “Não é fácil. Vai depender muito da capacidade de localização das pessoas. Agora vai começar a fase de garimpagem”, comentou.

Siraque insiste que “o mais interessante” seria ouvir o promotor José Carlos Blat e o ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto, conforme requerimento já apresentado pelo próprio Siraque e pelo deputado Antonio Mentor, também do PT. O presidente da CPI alegou restrições de ordem legal para a não convocação da Blat. A próxima reunião está marcada para 4 de maio, terça-feira da semana que vem, às 11h.

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