Rio de Janeiro – Os trabalhadores rodoviários da capital fluminense decidiram suspender, temporariamente, a greve que mantinham desde a última sexta-feira (1º). A decisão foi votada em assembleia pouco antes do meio-dia de hoje (3). O movimento decidiu voltar ao trabalho depois de o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) agendar uma sessão de conciliação para esta segunda-feira (4).

Os rodoviários – que incluem motoristas, cobradores, despachantes e funcionários de manutenção – pedem reajuste de 23% para os motoristas, o que corresponderia a um piso salarial de R$ 2 mil. Também querem aumento na cesta básica dos atuais R$ 80 para R$ 200, além de um tíquete-alimentação de R$ 15, que hoje não existe. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Rio de Janeiro (Sintraturb-RJ), Sebastião José da Silva, as empresas aumentaram os salários unilateralmente em 8% e propuseram uma cesta básica no valor de R$ 96, mas não acenaram com possibilidade de conceder o tíquete.

Atualmente, de acordo com Sebastião, o salário inicial bruto de um motorista júnior é R$ 1.055 e o de um motorista com experiência chega a R$ 1.618. O de um cobrador é R$ 892.

Uma nova assembleia está marcada para a próxima quinta-feira (7), quando os trabalhadores decidem se acatam o que for decidido pela Justiça ou se retornam à greve. A Secretaria Municipal dos Transportes informou em nota que fiscalizará a circulação dos ônibus a partir da madrugada de segunda-feira. O município do Rio tem cerca de 30 mil rodoviários, para uma frota de 9 mil ônibus.