Rodoviários do Rio ampliam mobilização e definem greve por tempo indeterminado

São Paulo – Rodoviários do Rio de Janeiro decidiram manter a greve iniciada hoje (1º) por tempo indeterminado, até que o setor patronal abra negociações sobre a pauta de reivindicações […]

São Paulo – Rodoviários do Rio de Janeiro decidiram manter a greve iniciada hoje (1º) por tempo indeterminado, até que o setor patronal abra negociações sobre a pauta de reivindicações da categoria. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da tarde que reuniu motoristas, cobradores e demais trabalhadores ligados ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Estado do Rio de Janeiro (Sintraturb-RJ).

Em princípio, a greve seria de advertência e duraria 24 horas. Mas segundo José Carlos de Santana, o Zé Carlos, presidente do Sintraturb-RJ, a categoria decidiu pela ampliação do movimento, em resposta à “intransigência do setor patronal”, representado pela Rio Ônibus, a associação que reúne os empresários do setor na capital fluminense.

“Os patrões ignoraram nossas reivindicações e isso deixou os trabalhadores indignados. Por isso, a decisão de continuar a greve por tempo indeterminado”, disse Zé Carlos. Os rodoviários reivindicam piso salarial de R$ 2 mil e 15% de reajuste salarial, além de direito a plano de saúde, vale-refeição e aumento da cesta básica. Mas, segundo o Sintraturb-RJ, a Rio Ônibus concedeu 8% de aumento salarial, sem negociação. Uma nova reunião com os empresários está agendada para o próximo dia 18. 

A greve foi decidida em assembleia na noite da quinta-feira (28), quando cerca de 3 mil trabalhadores, segundo avaliação do sindicato, decidiram reagir à forma como as empresas definiram o reajuste salarial de 8%. Antes da assembleia que analisaria a proposta apresentada, a Rio Ônibus comunicou que, independentemente da decisão da categoria, aplicaria o percentual nos salários de fevereiro.

Para ilustrar a defasagem salarial, Zé Carlos compara, como exemplo, o valor da cesta básica paga aos rodoviários de São Paulo, atualmente, segundo ele, de R$ 325. “Com o aumento que querem dar, nossa cesta básica iria para  R$ 96. Não dá pra aceitar isso.”

 

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