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Após demissões, metroviários rejeitam greve, mas mantêm luta contra as privatizações

Em nova assembleia na terça-feira (31), os trabalhadores do Metrô vão decidir os próximos passos da luta contra as privatizações propostas pelo governo de Tarcísio de Freitas

Paulo Pinto/Agência Brasil
Paulo Pinto/Agência Brasil
Para metroviários, demissões são retaliação contra greve unificada do dia 3

São Paulo – Os metroviários de São Paulo rejeitaram nova greve na próxima terça-feira (31) contra as privatizações. Mas se mantêm mobilizados na campanha unificada contra as privatizações, terceirizações e demissões, com indicativo de grandes iniciativas em conjunto com os trabalhadores da CPTM, Sabesp e professores da rede estadual paulista contra as propostas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão foi tomada após a demissão de cinco funcionários na ultima terça (24), participantes de paralisação durante três horas no feriado do dia 12.

Três dos suspensos, integrantes do Sindicato dos Metroviários, terão a remuneração suspensa e serão investigados pelo Tribunal Regional do Trabalho. A Justiça vai decidir sobre a possível demissão por “falta grave”, conforme entendimento da Companhia do Metrô. O sindicato, que considera a medida “arbitrária” e “antissindical”, tem como certa as readmissões.   

A greve no feriado foi uma reação às advertências a trabalhadores que participaram da greve unificada contra as privatizações no último dia 3. Como resultado, os trens deixaram de trafegar nas linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata. O Metrô ainda passou a exigir que os trabalhadores assumissem outras funções.

Ampliação da luta contra privatização

A princípio, a proposta de cruzar os braços na próxima semana foi apresentada como forma de reação à retaliação do governo de Tarcísio de Freitas, que persegue os trabalhadores que lutam contra as privatizações.

A presidente do sindicato, Camila Lisboa, usou as redes sociais para comunicar a decisão. “Respeitamos a vontade da categoria”, disse. “Orgulho da disposição de mais de 85% dos trabalhadores de ampliar a luta unificada contra as privatizações, terceirizações e demissões.”

Nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (31), às 18h30, para decidir os rumos da mobilização.

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