Urgente

CUT cobra revogação das demissões dos metroviários

Central se posiciona contra as privatizações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e diz que demissões e suspensões, que atingem inclusive dirigentes sindicais, configuram perseguição

Divulgação/Metroviários SP
Divulgação/Metroviários SP
CUT reforça engajamento em defesa dos metroviários e na luta contra as privatizações em SP

São Paulo – A CUT de São Paulo divulgou nota pública nesta quinta-feira (26) para repudiar as demissões dos metroviários que participaram da paralisação no último dia 12. A entidade se solidarizou com os trabalhadores demitidos e reiterou o compromisso em defender os direitos e garantias dos trabalhadores.

O Metrô de São Paulo efetivou a demissão de cinco operadores de trens na última terça (24). Além disso, outros quatro trabalhadores foram afastados. Para a categoria, trata-se de etaliação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à greve unificada contra as privatizações no último dia 3. Isso porque a paralisação do dia 12 ocorreu como reação a uma série de advertências a trabalhadores que participaram da greve anterior.

Nesse sentido, a CUT-SP cobra, “de forma urgente” a revogação dessas demissões. “Sabe-se até o momento de 5 demissões e 4 afastamentos em apuração por falta grave. Incluindo o vice-presidente do sindicato e dois dirigentes. Isso representa uma perseguição aos trabalhadores que fizeram greve por direitos. Além disso, é importante ressaltar que as demissões estão sendo questionadas por diversos setores da sociedade civil”, diz a nota.

Ao mesmo tempo, a CUT-SP também destaca seu histórico em defesa das empresas públicas e repudia os planos do governador, que pretende privatizar o Metrô, a CPTM e a Sabesp. E reitera seu engajamento no Plebiscito Popular contras as privatizações. Para a central, a venda do patrimônio público prejudica “não apenas os trabalhadores e trabalhadoras, mas toda a população paulista”.

Metroviários cogitam nova greve

O sindicato prepara recursos jurídicos, mas também aposta na mobilização para tentar reverter as demissões. A categoria se reuniu ontem em assembleia para deliberar sobre a realização de uma nova greve na próxima terça-feira (31). A proposta foi rejeitada pela maioria, que decidiu, no entanto, unificar a luta contra com outras categorias, contra as demissões, as privatizações e terceirizações. .

Assim, a CUT-SP destaca que vai continuar participando de todas as atividades e protestos em apoio à categoria metroviária. “A CUT-SP reafirma seu compromisso inabalável em defender os direitos dos trabalhadores e se manterá ativa na luta por um ambiente de trabalho justo e equitativo para todos e todas. Juntos, continuaremos a defender incansavelmente as nossas empresas públicas e estatais e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade como um todo”. Assina a nota o presidente da entidade, Raimundo Suzart.