Saúde

Deputado quer esclarecimentos de David Uip sobre equipamento de Sorocaba

Raul Marcelo protocolou na tarde de hoje (12) um requerimento pedindo ao secretário estadual de saúde explicações sobre fechamento do ambulatório de feridas de conjunto hospitalar

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O CHS é considerado um dos maiores equipamentos públicos de saúde do interior do Estado de São Paulo

São Paulo – O deputado estadual Raul Marcelo (Psol) protocolou na tarde de hoje (12) um requerimento de Informação, na Assembleia Legislativa de São Paulo, pedindo explicações ao secretário estadual de Saúde, David Uip, sobre o fechamento do ambulatório de feridas do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). “O conjunto está se degradando. Cada mês tem uma notícia nova que reforça essa degradação. Há um déficit de mil pessoas no conjunto”, diz o deputado. Segundo ele, o ambulatório de feridas estava fechado nesta sexta-feira.

O ramal do ambulatório de feridas não estava atendendo na sexta  tarde. O deputado quer saber qual a situação do CHS como um todo, quantos leitos há disponíveis, qual o número total de profissionais – médicos, enfermeiros, técnicos e oficiais de saúde. Pede também informações sobre de que maneira a secretaria usará os R$ 10,4 milhões anunciados como valor total de investimento estadual em obras de reforma e ampliação do complexo.

O CHS é considerado um dos maiores equipamentos públicos de saúde do interior do estado de São Paulo e referência em saúde pública. É utilizado por 3 milhões de moradores de 48 municípios da região. Hoje, segundo Marcelo, ele enfrenta uma crise aguda originada por medidas adotadas ou que devem ser tomadas pela Secretaria do Estado da Saúde.

O parlamentar do Psol diz que a situação mostra que a Secretaria de Saúde do Estado não vem assegurando o direito à saúde dos pacientes do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, especialmente a dos cidadãos da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), dependentes diretos da estrutura em questão.

Inúmeros protestos vêm manifestando o descontentamento de setores da sociedade civil quanto aos rumos da gestão da estrutura, diz o deputado. Em outubro de 2015, um dia após uma manifestação, o governador Geraldo Alckmin nomeou 174 servidores (enfermeiros, técnicos de enfermagem, oficiais de saúde, entre outros) para o CHS, o que torna a decisão de fechamento do ambulatório ainda mais incoerente.

“É inaceitável que haja qualquer medida visando ao fechamento do ambulatório de feridas do CHS. Todos esses motivos ainda são enfatizados pelo fato de o CHS ser referência estadual no tratamento de queimados”, diz Marcelo.