Estava foragido

Motorista de Porsche se entrega à polícia

“Empresário” herdeiro que matou trabalhador de aplicativo com seu Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho está nas dependências do DP do Tatuapé, em São Paulo

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Sastre é responsável pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Orlando da Silva Viana, no dia 31 de março na capital paulista

São Paulo – O motorista Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, se entregou à polícia na tarde de hoje (6), em São Paulo. Ele estava foragido desde que o Tribunal de Justiça do estado decretou sua prisão preventiva na última sexta-feira. O motorista que se diz empresário matou um trabalhador enquanto dirigia um Porsche 911 a mais de 150 quilômetros por hora.

Sastre é responsável pelo acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, no dia 31 de março na capital paulista. A ordem de prisão teve assinatura do desembargador João Augusto Garcia após o Ministério Público apresentar três pedidos. O empresário compareceu à polícia na 5ª Seccional, localizada no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

Nesta terça-feira (7), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisará um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do réu. A data teve definição após despacho da ministra Daniela Teixeira, relatora do caso, e outros quatro magistrados participarão do julgamento.

Detalhes do caso do Porsche

Além da morte de Ornaldo da Silva Viana, o caso deixou gravemente ferido o estudante de Medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro do Porsche.

Em 29 de abril, o Ministério Público denunciou Sastre por homicídio doloso qualificado, com pena de 12 a 30 anos de reclusão, e lesão corporal gravíssima, que pode elevar a pena total em um sexto, ambos na modalidade de dolo eventual. O MP respondeu ao indiciamento da Polícia Civil, que classificou a conduta do herdeiro como dolosa (dolo eventual), quando se assume o risco de provocar o crime. Então, a denúncia foi recebida pela Justiça que procedeu com o aceito do pedido de prisão preventiva. Agora, ele deverá ir a júri popular.