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Maus hábitos alimentares da família são principal causa de obesidade infantil

Pesquisa constatou que 36% das crianças consomem fast-food de três a quatro vezes por semana o que reflete que os pais não têm consciência do problema

Gaulsstin/Flickr/CC

Apenas 25% dos pais matriculam os filhos em alguma atividade física após descobrir o sobrepeso

São Paulo – Apenas 9% dos pais notam problemas dos filhos com a balança, aponta nova pesquisa da Proteste, divulgada e comentada pela Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (11). A supervisora institucional da Proteste, Sonia Amaro, avalia que a obesidade infantil decorre, principalmente, de maus hábitos alimentares da família.

Sonia conta durante a entrevista que a pesquisa, realizada on-line, “constatamos que o sobrepeso é um problema que não é percebido pelos pais. O que chamou a atenção é que as famílias diziam que consumiam fast-food, e isso tem ligação com a questão do sobrepeso”.

O estudo constatou que 36% das crianças consomem fast-food de três a quatro vezes por semana, e 48% dos pais alegaram dar bom exemplo alimentar. Para a supervisora da Proteste, os pais não têm consciência que estão alimentando mal seus filhos.

Outro problema apontado: “Quando perguntamos sobre os hábitos alimentares dos pais, a gente nota que existe um outro problema presente, um agravante, que é o sedentarismo. Muitas vezes em que os pais poderiam fazer uma atividade física com os filhos, não é feito. Isso é uma questão que passa de pai para filho”.

Segundo a pesquisa, apenas 25% dos pais matriculam os filhos em alguma atividade física após descobrir o sobrepeso. Sonia lembra que o mau hábito alimentar não acontece só em casa, mas também nas escolas. “As escolas também devem moldar a alimentação nas cantinas e oferecer uma alimentação mais saudável aos alunos.

O problema, segundo Sonia, é que, influenciado por diversos fatores sociais e econômicos, o brasileiro mudou hábitos e comprometeu sua saúde. “As pessoas não ligam o problema de peso com a saúde, que pode ser comprometida ao longo dos anos. Pode prejudicar o coração, a pressão arterial. Então, a melhor coisa é os pais mudar os hábitos para dar exemplo às crianças”, acrescenta.

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