São Paulo – A vereadora de Ponta Grossa (PR) Ana Maria (PT), que havia sido sequestrada na terça-feira (1) e liberada ontem (2), esta sendo acusada pela Polícia Civil do município de simular seu próprio sequestro. O vereador aliado, Aliel Machado (PCdoB), acredita que ela tenha tomado a atitude para não votar no grupo de parlamentares com quem havia se comprometido para a presidência da Câmara Municipal.

“Vamos tomar todas as providências necessárias para entender o que ocorreu. Ela estava comprometida a votar no nosso grupo e essa atitude não tem nenhum sentido”, afirmou Machado, que ontem chegou a afirmar que o sequestro teria motivos políticos, para impedir a eleição. Ana Maria desapareceu por volta das 18h do dia 1º, quando se dirigia para a Câmara, onde aconteceria a eleição.

Depois de liberada, na tarde de ontem, ela foi atendida pela Santa Casa e pelo Hospital Regional, onde permanece internada com desidratação e hipertensão. De acordo com o vereador, ela já recebeu voz de prisão e seguirá para a delegacia quando receber alta. Ela responderá pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual e auto sequestro, de acordo com o Jornal da Manhã, de Ponta Grossa.

Em sua conta no Facebook, o vereador afirmou que “os maiores prejudicados nessa história somos nós vereadores independentes, pois tínhamos o compromisso da vereadora de que ela votaria com o grupo”. “O fato agora é que temos que investigar incansavelmente os motivos que levaram a vereadora a trair o nosso grupo e a tomar essa atitude lastimável, sou a favor de uma investigação rigorosa e verdadeira, pois deve ter tido um motivo muito grande para a Ana Maria ter feito o que fez”.

Pelo regimento interno, para haver a eleição da Mesa Executiva são precisos, no mínimo, 12 dos 23 parlamentares que compõe da Casa. Se candidataram Aliel Machado Bark (PCdoB), Alysson Fernando Zampieri (PPS), Julio Francisco Schimanski Kuller (PSD) e Valdenor Paulo Do Nascimento (PSC).

Com o sequestro de Ana Maria, reeleita para o terceiro mandato, o vereador George de Oliveira (PMN), mediador da sessão, suspendeu a votação. Ela foi remarcada para a hoje (3), às 15h.

Com informações do Jornal da Manhã.