Vereadora de Ponta Grossa pode ter sido vítima de sequestro político

Ana Maria Holleben (PT) foi sequestrada momentos antes de participar da eleição para escolha da presidência da Câmara de cidade paranaense; seu voto seria decisivo

A vereadora Ana Maria Holleben, sequestrada desde ontem (Foto: Divulgação/Blog da vereadora)

São Paulo – A vereadora Ana Maria Holleben (PT), de Ponta Grossa (PR), foi sequestrada ontem (1º) por volta das 17h30, quando saía da cerimônia de posse no Cine Teatro Ópera e se dirigia para a Câmara Municipal, para participar da eleição que escolheria o presidente da Casa. O vereador Aliel Machado (PCdoB) suspeita que crime tenha sido político, para influenciar o resultado da eleição.

“Para mim foi um seqüestro político. Até agora não pediram resgate e tudo aconteceu quando ela estava indo para a votação, que é muito disputada pelos partidos da situação [formados principalmente por PSDB, DEM, PPS, PMN, PSD] e da oposição [PT, PCdoB, PPT, PMDB, PTB, PRB]”, conta Machado, que divulgou a suspeita em suas redes sociais. 

Pelo regimento interno para haver a eleição da Mesa Executiva são precisos, no mínimo, 12 dos 23 parlamentares que compõe da Casa. Se candidataram Aliel Machado Bark (PD do B), Alysson Fernando Zampieri (PPS), Julio Francisco Schimanski Kuller (PSD) e Valdenor Paulo Do Nascimento (PSC).

Com o sequestro de Ana Maria, reeleita para o terceiro mandato, o vereador George de Oliveira (PMN), mediador da sessão, suspendeu a votação. Ela foi remarcada para a amanhã feira (3), às 15h. Apesar disso, Aliel afirmou em sua conta no Facebook que ele e os demais vereadores aliados não participarão da votação até que Ana Maria seja liberada.

“Atenção, para você terem uma ideia da guerra que estamos enfrentando: Sequestraram a vereadora Ana Maria do PT, nosso colega do grupo de independentes para impedir nossa vitória na eleição na mesa executiva. Enquanto não devolverem a vereadora, nós do grupo dos 12 nos recusamos a dar quórum a sessão e não entraremos no plenário”, afirmou no Facebook.

A Polícia Civil não quis se pronunciar sobre o caso. Porém, em entrevista à rádio Difusora 690, o delegado Josimar Antônio da Silva da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa (SDP), disse que a vereadora – que continua desaparecida – fez contato ontem com um de seus filhos pelo telefone celular. Ela disse que estava bem e que faria novas ligações.

De acordo com o delegado, o carro usado no seqüestro, da marca Audi, já foi localizado. Oficiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Grupo Tigre), da Polícia Civil, especializados em resgates de reféns e negociações, foram deslocados para Ponta grossa para auxiliar a Policia Civil nas investigações.

Com informações da rádio Difusora 690 e do portal G1.

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