Impulso

Tarcísio toma posse em São Paulo, agradece Bolsonaro e afirma que seu governo deve atender ‘demandas populares’

Novo chefe do Executivo paulista, que já disse nunca ter sido “bolsonarista raiz”, afirmou que governará para todos

Reprodução/TV Alesp
Reprodução/TV Alesp
Ao lado do presidente da Assembleia, Carlão Pignatari, novo governador toma posse falando em secretariado 'desvinculado de pressões partidárias'

São Paulo – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomou posse na manhã deste domingo (1º) falando em atender “demandas populares”. O carioca de nascimento, que teve sua candidatura impulsionada pelo bolsonarismo, agradeceu ao agora ex-presidente e disse que irá governar para todos. “Entendemos o recado das urnas: vamos governar para todos, renovando a esperança de um futuro melhor, percebendo e explorando cada potencial do Estado, apostando na inovação, na tecnologia como arma poderosa para o crescimento e para a melhoria na prestação dos serviços”, afirmou.

Eleito em outubro no segundo turno, com 55,27% dos votos válidos, ante 44,73% de Fernando Haddad (PT), o novo governador tomou posse e prestou compromisso em cerimônia na Assembleia Legislativa, junto com o vice, Felício Ramuth (PSD). Depois, seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual, onde dará posse aos 25 secretários. Entre eles, Gilberto Kassab (Governo e Relações Institucionais) e Guilherme Afif Domingos (Projetos Estratégicos).

Já a Casa Civil ficou com o advogado Arthur Lima, bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). No Desenvolvimento Econômico, o titular será Jorge de Lima, que foi assessor de Paulo Guedes, além de secretário da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia.

Diálogo com o Legislativo

Assim, no discurso, em que chegou a citar Franco Montoro e Mário Covas, o governador paulista afirmou que a “atenção às demandas populares” deverá ser “o grande direcionador da ação do estado”. Nesse sentido, garantiu que montou um secretariado de perfil técnico, com nomes “desvinculados das pressões partidárias”.

“Esperamos aqui (na Assembleia) a interlocução, o diálogo franco”, disse ainda o governador. “Nós no governo estaremos prontos para a discussão de ideias, para a construção de caminhos. Não somos donos da verdade, não hesitaremos em dar passos atrás quando necessário, mas estamos extremamente cientes da nossa responsabilidade e comprometidos com o acerto.”

No início do mês, Tarcísio esboçou um discurso conciliador, falando em “pacificação”. E disse que nunca foi “bolsonarista raiz”.