Sonho eleitoral de Luxemburgo fica mais distante

Ministério Público considera insuficientes recursos apresentados pelo treinador para conseguir mudança de domicílio eleitoral ao Tocantins, estado pelo qual pretendia concorrer ao Senado

O Ministério Público Eleitoral em Tocantins manifestou-se contra o recurso proposto pelo técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo. O treinador recorreu da sentença que negou o pedido de transferência de seu domicilio eleitoral de São Paulo (capital) para Palmas.

Os procuradores não consideraram reais os argumentos de Luxemburgo de que mantém vínculos patrimoniais, empresariais, políticos, sociais e afetivos com a cidade. O técnico alega que organiza campeonatos e palestras na capital do Tocantins, além de discussões com autoridades locais sobre a importância de desenvolvimento de atividades esportivas.

O procurador João Gabriel Morais de Queiroz entende que as intenções “repentinas” de Luxemburgo são meramente eleitorais, mirando a votação do próximo ano. O técnico espera candidatar-se ao Senado pelo estado. No início de 2009, o treinador do Santos comprou imóveis em Palmas, mas possui domicílio fiscal em São Paulo, onde estão registrados também seus veículos. Ele chegou a argumentar que há três meses morava em um imóvel na cidade, algo que foi desmentido não apenas pelo vínculo profissional do treinador, a Baixada Santista, mas pelas conversas com moradores do local em que Luxemburgo argumentava viver.

A Procuradoria Regional Eleitoral acrescentou que os documentos apresentados no recurso do treinador dizem respeito à locação de um apartamento no último dia de setembro, depois, portanto, da rejeição da transferência de domicílio eleitoral. O zelador e o porteiro do edifício disseram que Luxemburgo jamais esteve no local. As palestras e atividades sociais não são argumentos para garantir a mudança de domicílio, uma vez que são consideradas pelos procuradores como atividades que podem e devem ser praticadas por qualquer cidadão.