Sonho eleitoral de Luxemburgo fica mais distante
Ministério Público considera insuficientes recursos apresentados pelo treinador para conseguir mudança de domicílio eleitoral ao Tocantins, estado pelo qual pretendia concorrer ao Senado
Publicado 23/10/2009 - 12h19
O Ministério Público Eleitoral em Tocantins manifestou-se contra o recurso proposto pelo técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo. O treinador recorreu da sentença que negou o pedido de transferência de seu domicilio eleitoral de São Paulo (capital) para Palmas.
Os procuradores não consideraram reais os argumentos de Luxemburgo de que mantém vínculos patrimoniais, empresariais, políticos, sociais e afetivos com a cidade. O técnico alega que organiza campeonatos e palestras na capital do Tocantins, além de discussões com autoridades locais sobre a importância de desenvolvimento de atividades esportivas.
O procurador João Gabriel Morais de Queiroz entende que as intenções “repentinas” de Luxemburgo são meramente eleitorais, mirando a votação do próximo ano. O técnico espera candidatar-se ao Senado pelo estado. No início de 2009, o treinador do Santos comprou imóveis em Palmas, mas possui domicílio fiscal em São Paulo, onde estão registrados também seus veículos. Ele chegou a argumentar que há três meses morava em um imóvel na cidade, algo que foi desmentido não apenas pelo vínculo profissional do treinador, a Baixada Santista, mas pelas conversas com moradores do local em que Luxemburgo argumentava viver.
A Procuradoria Regional Eleitoral acrescentou que os documentos apresentados no recurso do treinador dizem respeito à locação de um apartamento no último dia de setembro, depois, portanto, da rejeição da transferência de domicílio eleitoral. O zelador e o porteiro do edifício disseram que Luxemburgo jamais esteve no local. As palestras e atividades sociais não são argumentos para garantir a mudança de domicílio, uma vez que são consideradas pelos procuradores como atividades que podem e devem ser praticadas por qualquer cidadão.