Após reunião

PSB diz que filiação de Alckmin está ‘praticamente’ fechada. Chapa com Lula fica mais próxima

Após encontro com o ex-governador tucano, Carlos Siqueira afirmou que a ida de Alckmin ao partido “é uma questão nacional”

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Desde início das conversas, Lula e Alckmin se encontraram publicamente, pela primeira vez, em dezembro em SP

São Paulo – O ex-governador paulista Geraldo Alckmin definiu nesta segunda-feira (7) que se filiará ao PSB e, com isso, está praticamente certo que ele será o vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República este ano. Até as 15h de hoje, o próprio Alckmin não havia se pronunciado sobre a informação, repassada à imprensa pela manhã pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Da mesma forma, Lula também não havia falado sobre o assunto.

Segundo a jornalista Vera Magalhães, no jornal O Globo, Siqueira afirmou que Alckmin só não irá para o PSB se não quiser e que, em reunião, ficou acertado que o ex-tucano não vai participar diretamente das conversas sobre eleições estaduais. Já à CNN Brasil, Siqueira afirmou que a ida de Alckmin ao PSB “está praticamente (certa)”. Não se falou em datas para oficializar a filiação. O prazo pelo calendário eleitoral é até 2 de abril.

O impasse para uma aliança ou a consolidação de uma federação envolvendo PT e PSB continua sendo principalmente São Paulo, onde o PT quer lançar o ex-prefeito Fernando Haddad e o PSB, o ex-governador Márcio França. “A vinda do Alckmin é uma questão nacional. A negociação de São Paulo é de São Paulo, e a decisão será tomada mais lá na frente”, disse Siqueira, ainda segundo Vera Magalhães.

“Costura” de apoios

O acordo entre Alckmin e Lula, apesar da oposição de setores mais à esquerda do PT, “está acertada” e “resolvida” há tempos, segundo disse à RBA há quase um mês o ex-deputado estadual Pedro Tobias. Este foi presidente do PSDB estadual e deixou o partido junto com o ex-governador, de quem é amigo. Na ocasião, Tobias afirmou que Alckmin já estava inclusive “costurando” possíveis apoios a Lula entre segmentos religiosos e do agronegócio, nos quais tem bom trânsito.

Na última quinta-feira (3), o PCdoB anunciou apoio a Haddad para o Palácio dos Bandeirantes. O anúncio foi no diretório do partido em São Paulo. “O @PCdoB_Oficial manifestou apoio a @Haddad_Fernando como nome capaz de liderar as forças progressistas para vencer as eleições em São Paulo. Queremos construir a unidade entre os partidos que debatem a Federação e ampliar. É preciso derrotar o bolsonarismo no Brasil e em SP!”, escreveu o deputado federal Orlando Silva nas redes sociais.