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‘Pode deixar que eu banco’, afirma Malafaia sobre ato bolsonarista de 25 de fevereiro

Em live com apresentadora de direita, pastor-empresário confessa os bastidores da organização do ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro: “Você quer ser preso chorando, ou com o povo na rua?”

Isac Nóbrega/PR
Isac Nóbrega/PR
"Se você botar o povo na rua eles vão pensar duas vezes antes de te prender. E se isso acontecer o negócio vai ficar feio”, afirmou Malafaia

São Paulo – Em uma live com a apresentadora bolsonarista Antonia Fontenelle, o pastor-empresário Silas Malafaia contou bastidores sobre a organização da manifestação bolsonarista de 25 de fevereiro, na Av. Paulista, em São Paulo.

Ele admitiu que o objetivo do ato era emparedar o Supremo Tribunal Federal (STF), visando impedir a prisão de Jair Bolsonaro (PL) por sua participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ele ainda faz uma ameaça, afirmando que “o negócio vai ficar feio” caso o ex-mandatário seja levado à cadeia.

Malafaia contou que observava o ex-presidente extremamente cabisbaixo com as investigações da Polícia Federal contra ele e seus filhos, principalmente o vereador Carlos.

O pastor decidiu então telefonar para o ex-presidente e convocar o ato com os apoiadores da direita no último domingo de fevereiro.

“Você quer ser preso em Mambucaba chorando ou quer ser preso com o povo na rua? Se você botar o povo na rua eles vão pensar duas vezes antes de te prender. E se isso acontecer o negócio vai ficar feio”, afirmou Malafaia.

Ele teria escolhido bancar a manifestação. “Vamos convocar a manifestação para o último dia de fevereiro, pode deixar que eu banco”, disse o pastor a Bolsonaro.

A manifestação contou com a presença de políticos apoiadores de Bolsonaro, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

Também estiveram presente os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP); o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-deputado federal João Roma (PL).

Apesar da manifestação e do discursos de Malafaia, os ministros do STF afirmam que o ato não altera em nada em uma eventual prisão do ex-presidente, caso venha a ocorrer.


Com DCM e 247