Em pleno recesso, ministro Fernando Bezerra irá explicar-se ao Congresso

Fernando Bezerra será ouvido na Comissão Representativa do Congresso, que é mista e composta por 17 parlamentares de cada uma das casas (Foto: Antonio Cruz/ Arquivo Agência Brasil) São Paulo […]

Fernando Bezerra será ouvido na Comissão Representativa do Congresso, que é mista e composta por 17 parlamentares de cada uma das casas (Foto: Antonio Cruz/ Arquivo Agência Brasil)

São Paulo – Apesar de deputados e senadores encontrarem-se em pleno recesso parlamentar, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, irá ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (12) apresentar sua versão sobre as acusações de irregularidades na pasta. Ele será ouvido na Comissão Representativa do Congresso, que funciona especificamente para trabalhos nos períodos em que os parlamentares do Senado e da Câmara estão fora de suas atividades.

A comissão é mista, composta por 17 parlamentares de cada uma das casas, mas deverá ter apenas o senador paranaense Álvaro Dias (PSDB) como representante da oposição. Os demais presentes na reunião serão todos da base governista, segundo informações do Senado.

A ida ao Congresso partiu do próprio ministro que, na segunda-feira (9), afirmou ter ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pedindo a convocação na Comissão Representativa. As denúncias de irregularidades no ministério surgem em um momento bastante crítico provocado pelas chuvas principalmente nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mesmo com as acusações, Bezerra assegura ter a confiança da presidenta Dilma Rousseff para continuar seu trabalho.

As acusações contra Bezerra começaram com a informação de que ele teria destinado a seu estado de origem, Pernambuco, 90% das verbas contidas no orçamento do ministério da Integração destinadas à prevenção de enchentes. Surgiram ainda denúncias publicadas pela velha mídia de que ele teria beneficiado seu filho, deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com liberações mais generosas de emendas parlamentares oriundas da pasta.

A dupla compra, em 1995 e 2001, de um terreno em Petrolina (PE), cidade da qual foi prefeito durante três mandatos, também foi incluída na escalada de denúncias. O terreno custou cerca de R$ 500 mil em cada uma das aquisições, e o dinheiro teria sido depositado na conta do mesmo vendedor. Bezerra justificou a ação, em nota à imprensa, afirmando ter ocorrido erro de procedimento. Por isso, o valor do primeiro pagamento foi devolvido aos cofres públicos.

Com informações da Reuters