Dilma tira Vaccarezza da liderança do governo na Câmara

“A presidenta Dilma pode continuar a contar comigo para o que precisar”. (Foto: Saulo Cruz/ Agência Câmara) São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff deu sequência hoje (13) às trocas […]

“A presidenta Dilma pode continuar a contar comigo para o que precisar”. (Foto: Saulo Cruz/ Agência Câmara)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff deu sequência hoje (13) às trocas de seus líderes no Legislativo com a saída do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) do comando da base aliada na Câmara.

A decisão vem um dia depois de a presidenta mudar o líder do governo no Senado, efetivando Eduardo Braga (PMDB-AM) em substituição a Romero Jucá (PMDB-RR). As alterações buscam arejar uma relação que vinha sendo complicada desde o início do ano e que culminou, na semana passada, na rejeição de Bernardo Figueiredo – indicado por Dilma – para diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo Vaccarezza, a presidenta disse que pretende fazer um rodízio entre os líderes. “Acho que pode haver a troca por ser incompetente, não ser leal, não ter base ou pode ser por razão política. No meu caso, a razão é política”, disse Vaccarezza, que afirmou ter sido consultado pela presidenta Dilma sobre possíveis indicação de nomes para substitui-lo no cargo, mas preferiu não dar sugestões.  “A mudança foi uma decisão meramente política e que se justifica pela vontade da presidente de fazer um rodízio entre as lideranças.”

Em entrevista, o deputado evitou conexões entre sua saída e os recentes problemas em votações no Legislativo, e garantiu que não guarda mágoa da decisão tomada pelo Executivo. “A presidenta Dilma pode continuar a contar comigo para o que precisar”.

Em seu segundo mandato como deputado federal, o petista liderava a base aliada desde fevereiro de 2010, último ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos momentos que marcaram sua passagem pela função foi a derrota do governo durante a primeira votação em plenário do projeto de lei que busca alterações no Código Florestal. Na ocasião, cobrou a bancada de representantes do agronegócio por apresentar, sem o consentimento do Planalto, uma emenda para anistiar desmatamentos além dos limites permitidos pela atual legislação. Ao afirmar que, no regime presidencialista, a última palavra era da presidenta, Vaccarezza provocou revolta nos partidos da coalizão. “A casa fica sob ameaça quando o governo é derrotado. Fomos eleitos com a presidenta Dilma, na mesma chapa. Então, a vitória do governo é a nossa vitória”, afirmou. À época, aventou-se a possibilidade de que fosse substituído, mas os rumores não se confirmaram. 

Com informações da Agência Brasil e da Agência Câmara