Diálogo

Lula se reúne com sindicalistas da Força Sindical na segunda-feira

Segundo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, ideia da conversa é discutir como os filiados à central que apoiam a reeleição de Dilma Rousseff à presidência podem ajudar na campanha

Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Presidente recebe sindicalistas para debater formas de participação na campanha de Dilma

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na próxima segunda-feira (30) com dirigentes ligados à Força Sindical para discutir articulações e agenda da campanha para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. “É um convite do presidente Lula, que quer conversar com dirigentes do movimento sindical. Tem vários dirigentes da Força que já estão apoiando a Dilma e a conversa é no sentido de como poderia se dar esse apoio, que tipo de evento poderia ser feito, por exemplo”, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região (filiado à Força), Jorge Nazareno, o Jorginho.

A reunião estava agendada para hoje (26), mas foi adiada a pedido de Lula. “O ex-presidente Lula é alguém com quem a gente quer conversar para pensar uma agenda para trabalhar o apoio à Dilma, como a gente pode contribuir, e imagino que ele é um dos principais cabos eleitorais da presidenta”, esclarece Jorginho.

Embora algumas das principais lideranças da central, como o deputado Paulo Pereira da Silva e o presidente, Miguel Torres, apoiem a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Nazareno diz que a entidade tem caráter plural. “O que se busca nesse momento é que se respeite a pluralidade. Tem pessoas que apoiam Aécio, outras a Dilma, assim como seguramente devem ter pessoas que vão apoiar o Eduardo Campos”, afirma.

Jorginho diz que o movimento sindical tem críticas ao atual governo, mas defende a presidenta como o melhor nome para dialogar com os trabalhadores. “Temos algumas críticas, mas a ideia é ter essa conversa e que, Dilma sendo reeleita, num próximo mandato possamos buscar uma nova forma de relacionamento com o movimento sindical.” Ele aponta a falta de diálogo com o Planalto como uma das principais dificuldades.

“Se compilar a agenda da presidenta da República e verificar quantas vezes ela recebeu empresários e quantas vezes os trabalhadores, nós perdemos de goleada”, diz o dirigente metalúrgico de Osasco. Ele cita o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais como temas importantes a ser discutidos, mas reitera que o principal é haver diálogo.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, diz que não irá à reunião. “Não estou participando. A Força Sindical é plural. Cada dirigente faz o que quiser. Temos dirigentes filiados a todos os partidos, praticamente: PSB, PDT, PT, PCdoB, diversas linhas ideológicas. Não estou apoiando a Dilma, nem fui convidado.”