Alerta

Ao lado de Haddad em Guarulhos, Lula pede atenção às mentiras que vão pelo ‘zap’

“Esse país não pode votar numa pessoa que não derramou uma lágrima pelas 680 mil pessoas que morreram de covid”, pediu ex-presidente

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert

São Paulo – Em  breve discurso após caminhada em Guarulhos, na Grande São Paulo, acompanhado do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do candidato a governador da coligação, Fernando Haddad (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu à população, nesta sexta (7), para estar muito atenta “às mentiras que vão ser publicadas no zap”, nas três semanas que faltam para a votação de segundo turno. “É importante vocês ficarem atentos, não acreditarem nas mentiras, não repassarem para as outras pessoas”, pediu Lula, referindo-se à pratica do adversário de promover disparos em massa de fake news pelo WhatsApp.

“Quem tiver parente em outros estados, ligue para a pessoa. Esse país não pode votar numa pessoa que não derramou uma lágrima pelas 680 mil pessoas que morreram de covid. Ele poderia ter salvado 400 mil vidas, mas resolveu brincar com a pandemia”, lembrou.

Em entrevista à imprensa na cidade, Lula destacou a importância de o governo estadual estar alinhado ao governo federal, para a criação de políticas públicas e projetos de interesse da sociedade. “O Geraldo Alckmin era governador, meu adversário, e trabalhávamos juntos. Se não existirem parcerias entre o governo federal, estadual e municipal, as coisas não acontecem”, disse. “Aqui em Guarulhos, se tivermos a parceria do Fernando Haddad como governador, vamos trazer o metro até Guarulhos”, afirmou Lula.

Estrangulamento das universidades

Lula criticou o estrangulamento que Bolsonaro está impondo às universidades federais. “De um lado ele corta, de outro fala que vai recolocar. Acaba de cortar dinheiro da educação e fala que não é cortar. Ele tira dinheiro da merenda escolar, não aumenta salário mínimo”, continuou. “Agora está brigando com a Petrobras pra que a não aumente a gasolina até 30 de outubro. Ele está usando a eleição para fazer tudo o que deveria ter feito antes das eleições”, disse.

Segundo Lula, o preço da gasolina, do diesel e do álcool não precisavam ter chegado aos patamares que atingiram no período de governo de Bolsonaro. “Chegou porque a gente não tinha governo, porque não tinha responsabilidade”, disse. “Como ele sabe que durante meu governo a gente não aumentou o gás, ele agora está tentando, para tirar proveito eleitoral, um passa-moleque no povo brasileiro. E o povo já percebeu.”

Reunião com Simone Tebet

Ainda nesta sexta, Lula e Alckmin se reúnem com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), às 16h, em São Paulo. Ex-candidata, ela anunciou apoio a Lula na quarta-feira (5) e demonstrou disposição de participar. “Até 30 de outubro estarei na rua vigilante, meu grito será pela defesa da democracia e justiça social. Minhas preces, por uma campanha de paz”, afirmou.