São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta sexta-feira (30) o voto no candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB) como estratégico para a recuperação econômica do estado, e também para um necessário avanço em políticas sociais. O pessebista tem 31% dos votos válidos, atrás do candidato bolsonarista à reeleição, Cláudio Castro (PL), com 44%, conforme pesquisa Datafolha divulgada ontem (29).

“É imprescindível a vitória de um homem da personalidade de Freixo; imprescindível para o Rio de Janeiro. Acho que o Rio está precisando dar uma chance ao próprio Rio, de fazer uma reflexão do que aconteceu nesses últimos períodos, e entender que precisa escolher um candidato que tem a cara do Rio, que tem compromisso com o Rio, que quer modernizar o Rio”, disse Lula em entrevista coletiva, em que reafirmou a importância da aliança no estado.

Para o líder nas pesquisas à Presidência da República, com chance de vitória no primeiro turno, neste domingo (2), é preciso “mudar a cara do Rio de Janeiro, que não pode continuar aparecendo nas capas de jornais somente com assuntos policiais”. “O Rio precisa aparecer nas manchetes com a cara do desenvolvimento, da cultura. Essa eleição significa uma mudança de paradigma do papel do estado, da cidade, onde estará o povo”, disse.

Lula destacou a necessidade de recuperação da capacidade produtiva das indústrias do petróleo e gás, e da indústria naval, destruídas pela Operação Lava Jato. Também defendeu a discussão de um outro tipo de desenvolvimento para o estado. Além disso, destacou a urgência da retomada das obras de reurbanização das favelas.

Oportunidades

“O Rio precisa voltar a ser visto como gerador de oportunidades, com pequenos e médios empreendedores, ajustar legislação e fazer forte investimento em saneamento básico e habitação popular. Com a vitória do Freixo, a gente pode fazer uma combinação perfeita, algo que funcione como uma verdade orquestra, regida por um maestro que quer fazer as coisas funcionarem. Essa é a minha disposição”.

O ex-presidente lembrou que o estado era um canteiro de obras no fim de seu governo. E que toda obra, em qualquer morro, empregava moradores entre os funcioanários. “E a gente não tem mais isso hoje. Não tem mais obras, e precisamos recuperar isso.”

Por isso, se Freixo ganhar a eleição, o petista disse que voltará ao estado na semana seguinte. A ideia é já começar a estabelecer acordos, definir projetos mais importantes – assim como fará com outros estados da federação – e os níveis de financiamento a partir de órgãos do governo federal, como o BNDES.

“Isso para imediatamente começar a tocar a máquina para fazer a economia voltar a ser saudável, ter emprego, salário, renda, consumo. E essa roda gigante girando, e de forma consequente, resolveremos os problemas do Brasil.”

Confira íntegra da entrevista coletiva