Demóstenes fecha semana de discursos reforçando ‘injustiça’ em cassação

São Paulo – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) encerrou uma semana de discursos em plenário reforçando a negativa sobre a ligação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. […]

São Paulo – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) encerrou uma semana de discursos em plenário reforçando a negativa sobre a ligação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A menos de uma semana da possível cassação de mandato por seus pares, ele fez um novo pronunciamento, novamente em uma casa esvaziada, durante aproximadamente 15 minutos. 

“Se o meu mandato for cassado, depois se comprovarão os meus alertas e aí não haverá mais jeito, pois estarei com meus direitos políticos irremediavelmente impedidos por quase duas décadas”, afirmou, acrescentando mais uma vez que não colocou o mandato a serviço de Cachoeira. “Em quatro anos de escutas, 250 mil horas de gravações, em 9 anos e  meio de mandato e milhões de reais destinados a emendas não se encontrou o menor desvio deste senador.”

Mais de 300 chamadas telefônicas gravadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo mostraram que Demóstenes conversava com Cachoeira sobre presentes pessoais e sobre pressões que colocaria em cima de projetos favoráveis à legalização dos jogos de azar, principal atividade da quadrilha. 

O senador sustentou ainda que tem um patrimônio pessoal modesto, o que reforça a tese de que é honesto. “Vivo de salário. Não tenho chácara, não tenho fazenda, não tenho gado, não tenho ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão na declaração do imposto de renda.”

Demóstenes voltou a defender a tese de que é vítima de armações da Polícia Federal e sustentou que, como parlamentar, só poderia ser investigado com anuência do Supremo Tribunal Federal (STF). “Já mostrei aqui trechos do inquérito nos quais a Polícia Federal alerta para o fato de que é necessário enviar os autos para o Supremo, mas mesmo assim continuou me grampeando ilegalmente.”

Com informações da Agência Senado.