PGR

Comissão do Senado aprova nome de Janot para Procuradoria Geral

Durante sabatina, novo PGR falou da necessidade de dar mais transparência aos atos do Ministério Público

wilson dias/abr

Rodrigo Janot durante sabatina na CCJ do Senado

São Paulo – A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou hoje (29) a indicação de Rodrigo Janot Monteiro de Barros para o comando da Procuradoria-Geral da República. Foram 22 votos a favor e dois contra.

A aprovação em plenário deve ocorrer na semana que vem.

Janot irá substituir Roberto Gurgel, cuja gestão foi marcada por denúncias de prevaricação e uso político do cargo. Gurgel teria retardado as investigações contra o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e o ex-senador Demóstenes Torres (então no DEM), após a Polícia Federal descobrir o envolvimento dos dois com o bicheiro Carlos Cachoeira.

Durante a sabatina, que durou três horas, Janot destacou a necessidade de o Ministério Público ampliar a transparência e prestar contas à sociedade.

“O Ministério Público não deve isolar-se do convívio institucional. O diálogo a que me proponho pretende tirar arestas na atuação institucional com os diversos órgãos. Essa interlocução será feita por membros do Ministério Público e o procurador-geral estará inteirado do que se passa por meio de relatório diário”, disse.

A concessão de asilo político ao senador boliviano Roger Molina; a manutenção do mandato do deputado federal Natan Donadon (ex-PMDB-RO), preso após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF); e a diferenciação de tratamento aos estrangeiros contratados pelo Programa Mais Médicos foram alguns dos temas abordados na sabatina.

Janot tem 56 anos e é especialista em direito comercial. Foi secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça em 1994. No Ministério Público Federal, Janot ingressou em 1984, ocupando o cargo de subprocurador em 2003.

Com Agência Senado e Agência Brasil