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Combate à extrema direita estimula parceria de fundações de PT e Psol

Aproximação entre as duas casas viabiliza agenda comum de pesquisas, a começar pela eleição para prefeitos nas capitais brasileiras em 2024

Reprodução / Valter Campanato - ABr
Reprodução / Valter Campanato - ABr
Szermeta e Okamoto: parceria em pesquisas sobre a realidade brasileira para desvendar a atuação da extrema direita

São Paulo – A Fundação Perseu Abramo (FPA), mantida pelo PT, e a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (FLCMF), do Psol, formaram parceria em uma agenda comum para produzir pesquisas sobre a realidade brasileira, que em última instância vão combater o conservadorismo e a extrema direita no país.

Natália Szermeta (Psol) e Paulo Okamotto (PT) reuniram-se na terça-feira (28), na capital paulista, para debater agenda de ações, estudos e pesquisas, incluindo levantamentos para as eleições municipais de 2024, especialmente em São Paulo. Na semana passada, as duas fundações constituíram conselho de pesquisadores para, em conjunto com outras instituições, estudarem a penetração de ideias conservadoras nas estruturas sociais do Brasil.

Okamotto, que assumiu a presidência da FPA no lugar de Aloizio Mercadante, agora presidente do BNDES, afirma que a experiência da fundação ajudará a entender melhor a direita brasileira. Para ele, é preciso combatê-la de forma prática, não só com discurso ideológico. “Mais do que formular ferramentas para ler o mundo, a função das fundações é ajudar na formação de dirigentes para transformar a política e o Brasil.”

Firmou-se entre as fundações compromisso de pensar em observatórios das capitais brasileiras para produzir diagnósticos da realidade socioeconômica e pensar em programas para as eleições de 2024, fundamentais para impor nova derrota ao conservadorismo.

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Para Natália Szermeta, será necessário aproveitar o instrumento das fundações como uma ferramenta para apoiar essa renovação da comunicação brasileira, que foi tomada por fake news durante o antigo governo. “É preciso estabelecer pontos comuns para enfrentar as eleições ano que vem, que simbolizarão uma espécie de ‘terceiro turno’. Estamos focando na cidade de São Paulo, mas essa conjuntura está presente em várias outras regiões.”