Imbróglio

Próximo de acordo entre PT e PSB para o Senado em São Paulo, Lula ainda busca solução no Rio

Márcio França deve confirmar desistência de disputar governo em SP. No Rio, disputa pela vaga no Senado entre Molon e Ceciliano é o nó a ser desatado

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
Chapa em São Paulo deve ser fechada com ex-prefeito Fernando Haddad e ex-governador Márcio França

São Paulo – Os palanques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos três maiores colégios eleitorais do país (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) estão mais próximos de uma definição. A desistência de Márcio França da disputa pelo governo paulista é certa, segundo fontes do PT. Lula espera anunciar que o ex-governador será candidato ao Senado em ato da pré-campanha em Diadema, no ABC paulista, no próximo sábado (9). França ainda tenta atrair o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente do PSD, para a chapa.

Não é segredo que também Lula conversa com Kassab há meses. Sem a bênção do cacique, a aliança PT-PSD em Minas Gerais em torno da candidatura de Alexandre Kalil ao governo não teria sido fechada. Já em São Paulo, a ideia seria que Kassab indicasse o suplente de França ou ele próprio ficasse com a vaga. No horizonte, França comandaria uma pasta na Esplanada dos Ministérios e abriria a cadeira no Senado para Kassab ou seu indicado.

Na configuração nacional, Kassab afirma há meses que considera Lula favorito. Já falou que no PSD há lideranças que “torcem para uma aliança com o PT”, como o senador Otto Alencar (PSD-BA). Mas, quando desistiu de construir uma candidatura própria de sua legenda para a Presidência, o presidente do PSD disse que em cada estado o partido ficaria livre para decidir. Em São Paulo, a tendência de Kassab até esta terça-feira (5) é apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato de Jair Bolsonaro ao Palácio dos Bandeirantes.

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PT não abre mão de Ceciliano, que cita acordo, e Molon, do PSB, estará no palanque na Cinelândia (Fotos: Alerj e Luis Macedo/Câmara)

O imbróglio no Rio

São Paulo, Minas e Rio somam 61,7 milhões de brasileiros aptos a votar em outubro. Resolvidas as alianças nos dois primeiros estados, restará o Rio de Janeiro, onde na próxima quinta-feira (7) a Cinelândia será palco do primeiro grande ato de campanha do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo do estado. Mas o acordo para consolidar a união PT-PSB na eleição fluminense ainda tem muitas arestas.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB), pré-candidato ao Senado, disse em entrevista ao jornal O Globo ter ficado “perplexo” com a pressão de Freixo, seu correligionário, para ele desistir de disputar vaga no Senado em nome de um acordo por uma aliança abrangente – na qual a vaga ao Senado seria do petista André Ceciliano, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio.

Um cenário possível, hoje, é ambos, socialista e petista, disputarem a vaga do Senado. O PT estadual tem afirmado que Ceciliano será candidato “em qualquer circunstância”. E Molon garante que estará no palanque da Cinelândia na quinta-feira.

Em desvantagem nas pesquisas para o Senado em relação a Molon (e ambos atrás de Romário), Ceciliano disse em entrevista à Fórum que o apoio de Lula resolve essa situação. E também cita um acordo nacional em que o PT indicaria o postulante a senador na chapa fluminense.

O Psol e a Rede já declararam apoio a Molon. Freixo também irritou o Psol com sua tentativa de ter o ex-prefeito Cesar Maia (PSDB) como vice na chapa. A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ), por exemplo, explicitou sua posição: “Romário nos assuntos do momento só nos lembra que esse ano o Rio de Janeiro tem a tarefa de varrer essa cria do bolsonarismo do Senado. E vamos de @alessandromolon para derrotá-lo!”

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