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Câmara de Vereadores de São Paulo terá recorde de mulheres e equilíbrio entre bancadas

Crescimento do Psol e queda do PSDB se destacam. Legislatura paulistana terá esquerda mais forte e maior representatividade das mulheres

câmara municipal de são paulo
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Os avanços não significam vida fácil para quem quer que seja eleito prefeito. O campo de disputa tende a ser intenso, com grande presença de políticos de direita

São Paulo – O balanço final do primeiro turno das eleições municipais 2020 indica que as casas legislativas municipais passarão por uma importante renovação, em termos de diversidade e representatividade, a partir de 2021. Em São Paulo, a reconfiguração mais significativa se deu em relação às bancadas dos partidos na Câmara dos Vereadores. Alguns aspectos se destacam, como a quebra da hegemonia do PSDB, que agora possui o mesmo número de cadeiras do PT, além do crescimento do Psol.

Na última legislatura, eleita em 2016, o PSDB garantiu 11 cadeiras. Neste ano, perdeu três, ficando com oito. O PT tinha nove vereadores, perdeu um e também tem oito. O partido que mais cresceu foi o Psol, que saltou de dois vereadores para seis e se tornou a terceira maior bancada da Casa. Com mesmo número de representantes ficou o DEM, que ganhou duas cadeiras em relação a 2016.

Outro ponto de destaque do Legislativo paulistano é a presença feminina na Câmara dos Vereadores, que chegou a um recorde histórico. Foram 13 vereadoras eleitas (23% das cadeiras da Casa). Na legislatura anterior, eram 11. Entre elas está Erika Hilton, a primeira vereadora trans da capital paulista. Ela foi uma das dez mais bem votadas na cidade, que também elegeu com votação expressiva Thammy Miranda, um homem trans.

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Mais e menos votados

O PSDB foi o partido mais derrotado na eleição legislativa municipal em São Paulo. Neste ano, além de perder três cadeiras na Câmara, não contou com nenhum candidato entre os dez mais votados. De um lado ou de outro, qualquer quer que seja o prefeito eleito não terá vida fácil para aprovar seus projetos e medidas.

Eduardo Suplicy (PT) foi o candidato mais votado pela segunda eleição seguida na cidade, com 167.552 votos recebidos, seguido por Milton Leite (DEM), com 132.716. Completam o quadro o delegado Palumbo (MDB), com 118.395 votos; o defensor do direito dos animais, estreante na Casa, Felipe Becari (PSD), com 98.717 votos; o candidato do MBL Fernando Holiday (Patriota), reeleito com 67.715 votos; a ativista trans Erika Hilton (Psol), com 50.508; o mandato coletivo da Bancada Feminista, representado nas urnas pela professora Silvia Ferraro (Psol), com 46.267; Roberto Tripoli (PV), com 46.219; Thammy Miranda (PL), com 43.321; e André Santos (Republicanos), com 41.584.

Confira como ficou a composição, por partido, das 55 cadeiras da Câmara de Vereadores de São Paulo


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